Conteúdo da Notícia

Preso policial rodoviário federal

Ouvir: Preso policial rodoviário federal

Polícia 07.08.2010
Luto em família: na missa de sétimo dia da morte do comerciante, os parentes estavam muito tristes e clamaram por Justiça. Ontem, o acusado do assassinato foi capturado
Na tarde de ontem, o inspetor foi detido em sua casa por agentes da Inteligência. A Justiça decretou a sua custódia
Já está preso o inspetor da Polícia Rodoviária Federal acusado de assassinar um comerciante na cidade de Paramoti (a 100Km de Fortaleza), na noite de 25 de julho passado. O inspetor, identificado como Álisson Francelino Primo, teve prisão temporária decretada pelo prazo de 30 dias e, ontem à tarde, foi detido em sua residência, no bairro Maraponga, por uma equipe do Departamento de Inteligência Policial (DIP), que deu apoio ao delegado daquela cidade, Leonardo Barreto.
Conforme o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), Jairo Façanha Pequeno, em entrevista à Reportagem no começo da noite passada, ao ser abordado pelos policiais do DIP, o inspetor Álisson não reagiu. Logo em seguida, foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Civil, no Centro.
Transferido
“A determinação judicial foi cumprida. Mas o juiz ressaltou no mandado que o acusado deveria ser mantido em prisão especial. Por conta disso fizemos alguns contatos e ele já foi transferido para o quartel do Batalhão de Choque (BpChoque), onde permanecerá à disposição da Comarca de Paramoti”, disse Jairo Pequeno em entrevista por volta das 18h30.
O caso teve ampla repercussão no Município de Paramoti e nas cidades vizinhas. O policial rodoviário federal é acusado de ter assassinado o comerciante e apicultor Benedito Barbosa Gama, 37. Segundo apurou a Polícia, nas suas primeiras investigações, Álisson se encontrava em um veículo nas proximidades da casa da vítima. Quando esta se aproximava da residência, numa moto, em companhia de um primo, acabou sendo baleada. O inspetor teria confundido a vítima com um suposto assaltante, segundo sua versão. Depois do crime, ele se apresentou espontaneamente à Polícia Civil e entregou a arma empregada na ação delituosa. Trata-se de uma pistola de calibre Ponto 40 (0.40), que foi encaminhada à Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Revolta
No dia 1º, foi realizada a missa de sétimo dia da morte do comerciante. Os familiares compareceram ao ato religioso vestindo camisetas com a foto dele. Na cidade de Paramoti a população, revoltada com o fato, pediu providências à Polícia e exigiu a prisão do acusado.
Comente essa matéria