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Prefeitura já admite que feirantes fiquem em praça até o Natal

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Fortaleza Pág. 03 23.11.2009
A proibição da presença de feirantes na praça Capistrano de Abreu, mais conhecida como Praça da Lagoinha, que estava marcada para começar hoje, deve ser adiada para o final do mês de dezembro. Tudo por conta de um pedido feito por alguns vereadores, na última sexta-feira, a Secretaria Executiva Regional do Centro de Fortaleza (Sercefor). No entanto, a Prefeitura corre o risco de pagar multa no valor de R$ 5 mil por dia caso descumpra determinação da 7ª Vara da Fazenda Pública, de desocupação imediata da praça.
O Município começaria a fazer uma fiscalização na praça e entorno encaminhando às pessoas para o prédio alugado pela Prefeitura na rua Guilherme Rocha, mas os comerciantes reclamam que serão prejudicados com as vendas e pedem que a transferência ocorra apenas após o período das compras de Natal. Segundo informou a secretária da Sercefor, Luiza Perdigão, foi marcada uma audiência hoje, a partir das 11 horas, com os feirantes e vereadores na Câmara Municipal de Fortaleza, em que deve ser decidida uma nova data para que comece a retirada dos feirantes.
Segundo Luiza Perdigão, a Prefeitura pode até aceitar a proposta dos feirantes, desde que algumas exigências sejam cumpridas. “Primeiro o comércio naquela área deve acontecer somente do meio-dia até as 14 horas, como acontecia na praça José de Alencar. E, segundo, eles têm que sair imediatamente do entorno do Centro de Especialidade Médica, na Guilherme Rocha“, informou.
De acordo com Luiza Perdigão, a Prefeitura vai intermediar negociação entre Ministério Público e comerciantes, pois, segundo ela, a multa diária de R$ 5 mil já poderia ser aplicada desde a notificação da Justiça, há um mês, o que não está ocorrendo. “A determinação é clara: sair da praça e do entorno. Não é pra ficar ninguém“.
Associação
Segundo a presidente da Associação de Feirantes do Centro da Cidade (AFCC), Valda Henrique de Lima, a maioria dos 600 feirantes associados está satisfeita com a transferência para o prédio na rua Guilherme Rocha. Segundo ela, algumas pessoas que não se cadastraram na associação é que estão reclamando com a transferência.