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Paulo Quezado vai pedir condenação do Estado por omissão no caso Alanis

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24.01.10
O Estado do Ceará vai ser objeto de processo por reparação de danos morais no ?Caso Alanis?. A família da menina Alanis Maria Laurindo, 5 anos, raptada, violentada e assassinada pelo maníaco Antônio Carlos dos Santos Xavier, o ?Casim?, aguarda apenas a conclusão do inquérito policial para ingressar com o processo em uma das varas da Fazenda Pública, no Fórum Clovis Beviláqua.
O criminalista Paulo Quezado vai representar a família no processo. Ele explica que o Estado poderia ter evitado o assassinato da criança, caso o agressor houvesse sido capturado em maio de 2008, quando conseguiu escapar, facilmente, da Colônia Penal Agropastoril do Amanari, em Maranguape (Região Metropolitana de Fortaleza).
´Casim´ passou exatamente um ano e sete meses foragido até ser capturado novamente, há duas semanas, depois que matou a menina Alanis em um matagal, no bairro Antônio Bezerra (Zona Oeste da Capital).
Obrigação
“O Estado deveria ter tratado de recapturar o acusado tão logo ele foi dado como fugitivo da Colônia do Amanari, com o agravante de que se tratava de um foragido já condenado por um crime sexual que teve muita repercussão na época, o caso de violência contra outra criança. Isso é de muita gravidade”, explica o criminalista.
O advogado afirma que a família da menina Alanis passa por um momento de “profunda dor”, especialmente os pais da criança. “Sabemos que a reparação não vai trazer de volta a menina para seus familiares, mas o Estado deve ser responsabilizado, pois falhou quando deixou um criminoso de alta periculosidade nas ruas, até que ele voltou a praticar mais um crime muito grave como foi a morte dessa criança de apenas cinco anos de vida”, afirma Paulo Quezado. Cauteloso, o criminalista não fala de valores da indenização a ser requerida na Justiça. “Caberá ao juiz fixá-la”, resume.