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O Parlamento que temos!

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Opinião 08.02.2011
É cansativo repetir que temos um Poder Legislativo que significa desperdício de tempo e de dinheiro. Não devemos defendê-lo em nome de Democracia. Se a nossa depender deste Poder estamos ferrado. A porta que poderia salvar este país seria a da Educação, exemplo que o mundo tem como opção única para o desenvolvimento e bem-estar social.
Certo dia afirmou um ministro da nossa Suprema Corte de Justiça: ?vivemos num país que faz de conta que é sério?. Por falta de seriedade temos uma subserviente classe política a serviço da ?Rainha? e o povo que se lixe. Esta situação ou indiferença de alguns brasileiros, somadas ao analfabetismo político de outros, que se agregam ao percentual dos chamados analfabetos funcionais e dos que usam digitais para eleger compradores de voto, resulta num amontoado de gente corrupta e antipatriótica que se chama ?baixo clero? ou ?balcão de negociatas? no Congresso Nacional.
Os princípios da separação dos poderes, segundo Montesquieu, como indispensáveis ao equilíbrio entre Poderes que deveriam funcionar harmônicos, independentes e com atribuições específicas de Poder limitando Poder, ou de Poder fiscalizando Poder, foram abolidos na ?democracia brasileira?. Definitivamente isto aconteceu com o fim do governo de Lula, que saiu em ?missão evangélica?, pregando necessidade de eleger sua candidata com maioria absoluta no Congresso Nacional. Antidemocrática e maldita herança que deixou Lula ao país.
O Brasil é testemunha das brigas do ?baixo clero? pelos cargos e outras benesses que a ?Rainha? oferece para ter poder absoluto sobre o Congresso que não legisla nem fiscaliza nada. Qualquer cidadão pode citar uma centena ou duas de leis ineficazes e amontoadas uma sobre as outras diante do ?cego? Poder Judiciário, também dependente da caneta da ?Rainha?.
Para o sucesso dessa aparente harmonia entre Poderes o jogo é sujo e de cinismo a toda prova: ?é dando que se recebe?, juramento de devotos a São Francisco. É assim no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais, com os ?donos da caneta executiva? ditando ordens e elegendo postes por este país afora.
Não há perspectivas de mudanças nos hábitos da maioria dos políticos, alérgicos aos temas: reformas constitucionais. Porém adeptos do ?manda quem tem poder?. Depois de 25 anos da chamada redemocratização de 85, os ?democratas da esquerda festiva? aboliram seriedade na gastança de dinheiro público e respeito às leis que ditam Ordem e Progresso.
Hélder Cordeiro – Jornalista