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Morte de advogado ainda sem solução

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12.08.2010 polícia
GABRIEL GONÇALVES
A equipe do 35º DP (Curió) aguarda que a Justiça mande de volta para a delegacia o inquérito que apura a morte do advogado Antônio Jorge Barros de Lima, 47, ocorrida no dia 31 de maio deste ano, na Grande Messejana, para dar continuidade às investigações.
O procedimento foi encaminhado à Justiça no dia 30 de julho último já com o pedido de devolução, porque a autoria do crime não havia sido identificada. “Pouco antes de o inquérito ser remetido à Justiça, chegaram à delegacia umas mídias que ainda serão analisadas pelo delegado William Cordeiro, titular do 35º DP”, explicou o inspetor Sidney Bantim.
Avocar
O delegado titular entrou de férias no início de agosto e deve retornar um mês depois. A informação de que o inquérito teria sido avocado (transferido) pelo superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, obtida pela Reportagem junto a uma fonte da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), não foi confirmada pelo inspetor Sidney. “Não tenho essa informação, somente o delegado William Cordeiro poderia responder a essa questão”, disse o inspetor.
Segundo a fonte da SSPDS, o inquérito teria sido avocado pelo superintendente e ainda não se sabe quem ficaria responsável pela investigação, posteriormente. Desde o início das investigações pelo 35º DP uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi formada para acompanhar o trabalho da Polícia Judiciária na apuração dos fatos em torno do assassinato de Jorge Barros.
A falta de testemunhas tem sido um dos maiores obstáculos na investigação do caso, segundo confirmou em entrevista, em julho último, o advogado criminalista e presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará (Caace), Leandro Vasques. “O império do medo que toma conta do Estado faz com que as pessoas temam aparecer como testemunhas. Isso precisa ser resolvido o mais rápido possível e não só nesse caso, mas em muitos outros”, afirmou o advogado.
No decorrer das investigações, a Polícia chegou a divulgar o retrato falado de uma mulher suspeita de ter atraído a vítima para o local do assassinato. Outra suspeita aponta que o crime pode ter sido ordenado de dentro de um presídio local por um bandido, num suposto ´acerto de contas´.