Opinião Pág. 02 09.11.2009
Sustenta Irapuan Diniz de Aguiar que ? o ministro César Asfor possui todas as qualificações para compor a Suprema Corte de Justiça do País. Sem margem a qualquer dúvida, com suas luzes, seu saber jurídico e outras virtudes que ornamentam seu caráter e personalidade esse Colegiado ficaria mais rico de valores com sua presença?. De fato, César Asfor estava na fila, na primeira fila e da turma da frente, para ocupar a vaga aberta com a morte do ministro Carlos Alberto Menezes junto ao STF, mas não foi dessa vez, quem sabe, com o cearense Ciro Gomes, na Presidência da República, o filho do saudoso professor Alcimor Rocha, passaria a ser colega do ministro Gilmar Mendes. De outra banda, considerando também o seu reconhecido poder de articulação política e a sua marcante passagem na Presidência do STJ, independentemente de quem seja o regente do Palácio da Alvorada, não seria surpresa para ninguém , que ele, ainda, integrará a mais alta corte da justiça brasileira, é só questão de tempo. No próximo ano, com a saída compulsória do ministro Eros Grau, esse tema retornará à baila.
O Ceará emprestou ao Brasil e, agora, também, ao mundo, a fulgurante inteligência de um dos seus mais ilustres filhos, o ministro César Asfor, já que este, além de prestar relevantes serviços à Corte do Superior Tribunal de Justiça, foi alçado, em Madri, presidente do novo órgão de cúpula do Judiciário que reúne instituições judiciais de 41 países europeus e latino-americanos. Esse seu destaque no solado europeu ocorreu no encerramento da sessão plenária de instalação da Comissão Conjunta de Trabalho da Cúpula Judicial Ibero-americana e da Rede Europeia de Conselhos de Justiça. Essa Comissão tem por escopo definir estratégia comum de atuação do judiciário desses países e contribuir para aumentar o acesso à Justiça e a transparência do Judiciário. Ainda buscará estabelecer a cooperação jurídica internacional, fortalecer a comunicação institucional e implementar padrões éticos para o Judiciário. Também se insere entre as ações da Comissão de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção.
Cidadão Honorário de Camocim/Ceará, terra onde nasceu o seu saudoso genitor, em 1996. Ministro do Superior Tribunal de Justiça, nomeado em 5 de maio de 1992, posse e exercício em 22/5/1992, tendo julgado, até quando foi ocupar o cargo de corregedor Nacional de Justiça, em 15/6/2007, 66.252 processos). Como advogado, César se notabilizava pelo bom trato para com os seus colegas.
Rildson Martins – Advogado