Conteúdo da Notícia

Membros do CNJ visitam presídio sob clima tenso

Ouvir: Membros do CNJ visitam presídio sob clima tenso

10.02.2011 polícia
Quatro dias depois de virar palco de uma das mais ousadas e violentas fugas no Sistema Penitenciário do Ceará, o Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), em Itaitinga, na Grande Fortaleza, recebeu, ontem, a visita de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O clima ali continua tenso e, por conta disso, as autoridades não permitiram que a Imprensa acompanhasse a visita. Policiais militares reforçaram a segurança. Ainda há presos armados na unidade, segundo agentes penitenciários.
Os representantes do CNJ que visitaram o IPPOO II são os juízes Luciano Losekann e George Lins. Eles estavam acompanhados dos também juízes Eduardo Scorsafava e Jaime Medeiros Neto (ambos da Corregedoria Geral da Justiça do Ceará), e Luiz Bessa Neto, titular da Vara de Execução Penal e Corregedoria dos Presídios. Todos compõem a equipe que fará o Mutirão Carcerário do Ceará.
Clima tenso
Diante da tensão que domina o presídio, a visita dos magistrados ao IPPOO II foi cercada de cautela e os juízes puderam vistoriar apenas uma das alas da unidade, a Vivência Cinco, onde os detentos que ali estão recolhidos participam de um projeto de ressocialização.
Os presidiários ali recolhidos batizaram as celas de ´casas provisórias. Os juízes puderam ouvir dos presos testemunhos de recuperação e de vida nova.
Atualmente no IPPOO II estão recolhidos 579 presos, sendo 344 já condenados pela Justiça e outros 235 provisórios.
Na tarde de sábado último, uma quadrilha resgatou dez presos daquela unidade carcerária, entre eles, três envolvidos no furto milionário no Banco Central, em Fortaleza, em agosto de 2005. Também escapou do presídio o assaltante de bancos e carros-fortes Alexandro de Sousa Ribeiro, o ´Alex Gardenal´. Mas, segundo as primeiras investigações, o ´alvo´ dos criminosos era o resgate do bandido Marcos Rogério Machado de Morais, o ´Rogério Bocão´, um dos chefes do bando que furtou R$ 164,8 milhões do BC.
Mutirão
Conforme os membros do CNJ, o objetivo do novo Mutirão, “é a busca de soluções para o problema penitenciário”.