Mãe de ´Casim´ alertou a Polícia sobre o filho
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- 25-01-2010
23.01.2010 Polícia
A queixa registrada na Polícia Civil revelava a alta periculosidade do acusado e informava que ele era um fugitivo
As investigações sobre o rapto seguido de estupro e assassinato da menina Alanis Maria Laurindo, 5, na noite do último dia 7, ganharam mais um capítulo, com uma denúncia feita pela própria família do homem acusado de ter praticado o crime.
No dia 22 de dezembro passado, a mãe de Antônio Carlos dos Santos Xavier, o ´Casim´, prestou queixa contra o próprio filho e alertou sobre o perigo que ele representava ao permanecer solto. “Ele é bastante agressivo e ex-presidiário”, diz o Boletim de Ocorrência (B.O.).
A queixa foi feita no 10º DP (Antônio Bezerra) por Rosa Maria dos Santos. O documento, de número 110.7339/2009, foi registrado pelo 10º DP (Antônio Bezerra). A mulher decidiu ir à Polícia depois que o filho invadiu sua residência, situada na Rua Tenente Queiroz, 1157, no bairro Antônio Bezerra, e, segundo ela, arrombou o guarda-roupa da irmã, se apoderando de R$ 40,00. A irmã do acusado, Jardênia Xavier, tentou intervir, mas o estuprador passou a difamar a mãe e a irmã, além de fazer ameaças de morte.
Perigoso
Ainda no seu relato à Polícia, Rosa Maria dos Santos disse que, diante do que ocorreu, passou a temer pela sua integridade física. Mesmo assim, Antônio Carlos não foi detido.
Daquela data em diante, o homem que confessou ter assassinado a menina Alanis passou a ser temido até pela sua própria família. Foragido da Justiça, continuou vagando pelas ruas dos bairros Genibaú, Antônio Bezerra, Autran Nunes e Conjunto Ceará. Até que na noite do último dia 7, perpetrou o crime que revoltou a opinião pública do Ceará, quando raptou a criança no pátio da igreja do Conjunto Ceará e, de lá, a levou até o local do assassinato, um terreno baldio na Rua Rui Monte, no Antônio Bezerra.
As autoridades policiais preferiram não comentar o fato, muito embora, o juiz da Vara das Execuções Criminais, Corregedoria de Presídios e Habeas Corpus, Luiz Bessa Neto, tenha dito, na semana passada, que a captura do acusado “poderia ter evitado o crime”.
Com ordem de prisão novamente assinada pela Justiça, o acusado agora se encontra recolhido na Casa de Privação Provisória da Liberdade III (CPPL III), em Itaitinga. O processo sobre a morte da menina tramita na Segunda Vara do Júri. Até a próxima semana, o inquérito sobre o crime deverá ser concluído pela Polícia Civil.
FERNANDO RIBEIRO/EMERSON RODRIGUES – EDITOR/REPÓRTER