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JUÍZES NO ABRIGO – coluna Sávio Bittencourt

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17.09.2010 linha azul
Um mês após dar início à mobilização nacional de audiências concentradas, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com as coordenadorias de Infância e Juventude dos tribunais estaduais, os juízes de 121 varas de infância e juventude de São Paulo visitaram 299 abrigos e instituições de acolhimento onde vivem 5.327 crianças e adolescentes. O objetivo é rever a situação processual e procedimental dessas crianças , além de analisar o aspecto pessoal sobre a possibilidade de cada uma retornar à família natural ou extensa (avós, tios) , ou ser encaminhada para adoção, após o processo de destituição do poder familiar.
As visitas prosseguem até 27 de outubro, quando todas as varas do Brasil deverão ter realizado visitas e audiências, para cumprimento da mobilização nacional em prol da infância e juventude, conforme acordo da Corregedoria Nacional de Justiça com os Tribunais Estaduais, em 16 de abril de 2010, que resultou na Instrução Normativa n. 2/2010.
Os magistrados poderiam aproveitar a oportunidade para pernoitar num abrigo, para terem uma pálida noção do que se sente quando não se tem o afeto de uma família por perto. Valeria mais do que qualquer doutorado em Direito.