Juiz ouve testemunhas e réus do processo que investiga morte de vigilante
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- 29-06-2015
O juiz Antônio José de Norões Ramos, titular da 2ª Vara Criminal de Fortaleza, interrogou os réus José Nilton Nascimento da Silva, Maria Claudenir Paiva Bonifácio da Silva e Leandro Bonifácio da Silva. Eles são acusados de envolvimento na morte do vigilante Francisco Edilson de Sousa, em 2014.
Os três respondem por latrocínio (roubo seguido de morte), estelionato, associação criminosa, falsificação de documento particular e público, falsidade ideológica e uso de documento falso.
O interrogatório ocorreu durante audiência que durou cerca de seis horas e se encerrou por volta das 20h dessa sexta-feira (26/06). Na ocasião, o magistrado também ouviu sete testemunhas de acusação e duas de defesa referentes ao crime.
O CASO
De acordo com a denúncia, no dia 10 de dezembro daquele ano, Francisco Edilson de Souza foi seduzido pela denunciada Maria Claudenir Paiva Bonifácio Queiroz. Ela levou o vigilante para a casa dela, no Município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Seria a primeira etapa de um plano para roubar o carro da vítima.
Já na residência, Claudenir ofereceu sopa contendo tranquilizantes para Edilson que, em seguida, adormeceu. Foi quando José Nilton entrou em ação, amarrando e amordaçando o vigilante.
No dia seguinte, o casal alugou casa na rua Pedro Cardana Sales, no bairro Canindezinho, na Capital. O filho dos acusados, Leandro Bonifácio da Silva, ajudou no transporte de Edilson para o imóvel alugado, além de participar da tortura que o levou à morte. Horas depois, Maria Claudemir, fingindo ser outra pessoa, vendeu o veículo da vítima por R$ 6 mil.
A elucidação do crime somente foi possível devido ao trabalho da Polícia, que conseguiu localizar e apreender o automóvel, além de identificar todos os envolvidos.