O juiz Erick Omar Soares Araújo, titular da Vara Única da Comarca de Itapiúna, explicou, nesta segunda-feira (1º/04), a metodologia que adotou para agilizar a apreciação dos processos, e assim, conseguir deixar a Comarca sem ações pendentes de decisão (sentenças, interlocutórias e despachos). De acordo com a certidão emitida pela diretoria de Secretaria da Vara, “todos os processos pendentes foram efetivamente finalizados, não se encontrando qualquer processo de natureza cível ou criminal concluso ao magistrado”. A certidão foi emitida no último dia 20.

A informação do juiz Erick Omar tem por base as decisões por ele proferidas e que constam na estatística forense da Corregedoria Geral da Justiça. Quando assumiu a Comarca, em novembro de 2012, a Vara estava sem juiz titular há seis meses e, por conta disso, houve acúmulo de, aproximadamente, 700 processos conclusos para decisão.

“Apesar do bom trabalho do juiz que foi titular da Comarca até maio de 2012, os seis meses sem magistrado titular com dedicação integral, resultou no grande número de processos conclusos quando assumi a titularidade em novembro de 2012”, explicou o juiz Erick Omar.

Determinado a diminuir o número de ações, a partir de novembro, o magistrado passou a aplicar o sistema de planejamento, metas e execução. Ele disse que seleciona as ações por tema (idosos, criança e adolescente, família, crime, entre outros) e organiza os dias da semana para apreciar um assunto de cada vez. Segundo o magistrado, o planejamento tem facilitado no momento de julgar. “São conceitos da administração que temos de trazer para o Judiciário, sobretudo porque o objetivo é não acumular processos”, disse.

A Comarca de Itapiúna conta com oito servidores. Como critério motivador, o juiz implementa a gestão de pessoas. “Como não posso desenvolver política de benefício, faço a de incentivo pessoal e, com isso, ganho comprometimento e motivação. Afinal, é importante que os servidores se sintam valorizados”.

O juiz ressaltou também o apoio do diretor de Secretaria, Laray de Oliveira, e do Ministério Público estadual, que tem à frente o promotor de Justiça Aníbal Ferreira. “São profissionais extremamente comprometidos. Sem eles, não seria possível”.