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Judiciário realiza 42,5 mil acordos no primeiro semestre

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A Corregedoria Geral da Justiça do Ceará contabilizou, no primeiro semestre deste ano, 42.536 acordos realizados na Comarca de Fortaleza, Região Metropolitana e comarcas do Interior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (31/08) pela Divisão de Correição e Estatística da Corregedoria.
Segundo a estatística, foram mais de 21 mil sentenças homologadas somente no mês de junho. “O quantitativo demonstra que as unidades estão contribuindo para desafogar o Judiciário quando adotam a prática da conciliação”, disse a diretora da Divisão de Estatística, Marilza Peixoto.
Ela informou que as audiências podem ser realizadas durante as rotinas de trabalho das unidades ou por meio de mutirões, como os do Seguro DPVAT, por exemplo. Em seguida, as varas enviam os números através do Sistema de Gerenciamento de Estatística para Corregedoria.
As partes podem requerer a inclusão de processo em pauta de conciliação na tentativa de solucionar rapidamente o problema. Em seguida, a secretaria da vara, onde tramita a ação, marca audiência, que ocorre na presença de conciliador. As partes podem ou não estar acompanhadas de advogados.
As Varas Criminais não têm competência para realizar acordos conciliatórios. Já na área cível, a única exceção são as Varas da Infância e da Juventude.
VANTAGENS
Uma das vantagens da conciliação é que tudo se resolve em um único ato, sem necessidade de produção de provas. Também reduz custos porque as partes evitam gastos com documentos e deslocamentos aos fóruns. Além disso, é eficaz, porque as próprias partes chegam a um consenso, sem a imposição de um terceiro (juiz). É, ainda, pacífica por se tratar de um ato espontâneo, voluntário e de comum acordo entre as partes.
NUPEMEC
No Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) funciona o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, que utiliza a mediação e a conciliação para proporcionar à sociedade um Judiciário mais célere. O Núcleo tem como supervisor o desembargador Francisco Gladyson Pontes; na coordenação o juiz Carlos Henrique Garcia de Oliveira, e como diretor Márcio José Temóteo Horizonte Brasileiro.
Além disso, no Fórum Clóvis Beviláqua, funciona o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, coordenado pela juíza Natália Almino Gondim, que promove regularmente mutirões de conciliação.