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Concluído inquérito que apura morte de estudante de Direito

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21.1.2011 Polícia
Equipes da da Divisão de Homicídios chegaram a conclusão de que Carlos Jorge foi alvo de uma vingança
Concluído o inquérito que apura o assassinato do estudante de Direito, Carlos Jorge Cavalcanti Maia, 50, ocorrido em novembro do ano passado em Fortaleza. Depois de dois meses e meio de investigação, as equipes da Divisão de Homicídios (DH), da Polícia Civil, chegaram à conclusão de que Carlos Jorge foi alvo de uma vingança.
Dez pessoas foram ouvidas durante as investigações. O delegado da DH, Franco Pinheiro, apresentou ontem o inquérito de 163 páginas que será enviado à Justiça. Ele explicou que a morte do estudante não foi um latrocínio (roubo seguido de morte). ?A princípio, houve essa hipótese, pelo roubo de R$ 10 mil. Porém, concluímos que o objetivo dos dois era realmente executar a vítima?.
A apontada como mandante do crime é a pensionista Ila Maria Paula de Sousa, 48, que já está com prisão preventiva decretada. Os dois acusados de executarem o estudante, Genival David Beserra e Rogério Felício de Souza, capturados ainda no ano passado, também tiveram a preventiva determinada pela Justiça. A dupla está presa na Delegacia de Capturas.
A Polícia está desenvolvendo diligências para localizar a mandante. ?Vamos enviar a documentação à Justiça e, se a localizarmos, vamos interrogá-la e enviar também os documentos?. O caso será lançado em rede de informações nacional Ila Maria poderá ser presa em qualquer local do País.
O delegado explicou que Ila Maria era cliente do escritório de Advocacia onde o estudante trabalhava. ?O escritório foi responsável por uma Ação contra o município de Fortaleza. Ila seria uma das beneficiárias, pois era viúva de um dos funcionários municipais?, contou o delegado. No entanto, quando o escritório foi pagar o dinheiro conseguido com o acordo devido à Ação, descobriu-se que o marido de Ila Maria tinha outra mulher e filhos, ou seja, herdeiros. E o dinheiro deveria ser dividido entre eles. ?Ila Maria não aceitava. E surgiram os desentendimentos?.
Conforme a Polícia, o desentendimento resultou em ameaças contra o estudante. ?Ele chegou a registrar, um Boletim de Ocorrência (BO) por ter recebido ameaças de morte?. O BO foi registrado no 2º DP em abril de 2009.
O crime
O estudante de Direito, Carlos Jorge Cavalcanti Maia, 50, foi executado com um tiro na cabeça no dia cinco de novembro de 2010. Ele estava em sua casa, na Piedade, quando dois homens chegaram ao local, disfarçados de agentes da Funasa. Com a desculpa de que fariam uma vistoria na caixa d´água, entraram no local.
Além de Carlos Jorge, outras quatro pessoas estavam na residência. Primeiro, a dupla tentou mostrar que se tratava de um assalto. O estudante de Direito tentou reagir e travou luta corporal com um dos bandidos. O outro assassino atirou contra o estudante. Carlos Jorge ainda foi socorrido para o Instituto José Frota (IJF),mas não resistiu.