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Caso Lewdo: sete testemunhas e três peritos são ouvidos

Caso Lewdo: sete testemunhas e três peritos são ouvidos

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Sete testemunhas de acusação e três peritos do caso Lewdo foram ouvidos na tarde desta quarta-feira (17/06), na 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Foi a primeira tomada de depoimentos do processo na Justiça estadual. Os trabalhos duraram cerca de três horas.

Acusada de matar envenenado o filho Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, e de tentar assassinar o ex-marido, o subtenente do Exército Brasileiro Francileudo Bezerra Severino, da mesma forma, a ré Cristiane Renata Coelho acompanhou toda a audiência. Contudo, não foi ouvida.

A juíza titular do processo, Christianne Braga Magalhães Cabral, agendou para o dia 22 de julho a oitiva da testemunha de defesa e o interrogatório da ré. A sessão deve ocorrer às 14 horas, também na 3ª Vara do Júri do Fórum.

Somente após ouvir todas as testemunhas de acusação e defesa, a ré e demais nomes ligados ao caso que considere importantes ao andamento do processo é que a juíza define se Cristiane Renata vai ou não a júri popular. É a chamada “sentença de pronúncia”, ainda sem data para ocorrer.

Enquanto o processo tramita, Cristiane está reclusa no presídio feminino Auri Moura Costa. Ela chegou à audiência escoltada por policiais e não falou com a imprensa.

O CASO

Consta nos autos (nº 0038155-08.2015.8.06.0001) que o crime ocorreu na madrugada de 10 de novembro de 2014, na rua Um do Conjunto Napoleão Viana, no bairro Dias Macedo, em Fortaleza.

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP/CE), a versão inicial, dada por Renata, é a de que Francileudo havia ingerido veneno para rato (chumbinho) depois de ter matado o próprio filho e forçado, com uso de violência física, a esposa a drogar-se. Ele também teria postado uma despedida na rede social Facebook.

No entanto, Francileudo sobreviveu e negou as acusações. Também ficou constado que a suposta postagem no Facebook havia sido editada no período em que ele estava hospitalizado e inconsciente. A acareação entre o casal revelou ainda a inconsistência da versão de Renata.

Ficou apontando também que a ré foi autora de pesquisa na Internet sobre como envenenar pessoas com chumbinho, corroborando com conclusão, emitida em laudo, de que ela manipulou e administrou o veneno que matou o filho e quase levou o marido a óbito.