A 3ª Vara do Júri de Fortaleza levará a julgamento, nesta quinta-feira (07/08), a partir das 9h, o réu Vitor Quinderé Amora. Ele é acusado da morte de José Wildson Saraiva Belém e de tentativa de homicídio contra José Wilson Belém, durante briga de trânsito em agosto de 2001.

O juiz Antonio Carlos Pinheiro Klein Filho presidirá o julgamento. A acusação ficará com o promotor de Justiça Humberto Ibiapina e o assistente de acusação José Anchieta Santos Sobreira. A defesa terá à frente os advogados Clayton Marinho e Leandro Vasquez. O réu será julgado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, ambos com duas qualificadoras (motivo fútil e meio cruel).

Conforme os autos, o crime ocorreu em 7 de agosto de 2001, por volta das 13h30, na rua Frei Mansueto, bairro Varjota, na Capital. Na ocasião, José Wildson dirigia um veículo e se envolveu em acidente de pequenas proporções. O pai dele, José Wilson, foi ao local para acompanhar o filho e aguardar a chegada da perícia.

Os dois automóveis envolvidos na colisão ficaram parados na rua, mas sem impedir a passagem de outros veículos. Conforme a denúncia, Vitor Quinderé transitava pela via e buzinava insistentemente, dirigindo de modo imprudente, a ponto de quase atropelar pessoas que estavam no local.

Indignado com a atitude do motorista, um dos presentes deu um tapa no teto do veículo do acusado. Ainda segundo a acusação, Vitor Quinderé desceu do carro, gesticulando e gritando xingamentos contra os envolvidos no acidente. José Wilson tentou acalmar o agressor, pedindo que se retirasse, pois não queriam confusão.

O réu, então, entrou no veículo, mas estacionou novamente alguns metros adiante e retornou ao local com chave de fenda na mão. Em seguida, passou a agredir a José Wilson na cabeça e no ombro, até este cair no chão. O filho, ao tentar socorrer o pai, foi atingido com um violento golpe na cabeça, que chegou a lesionar o tronco cerebral.

As duas vítimas foram socorridas e levadas para hospital, mas José Wildson não resistiu aos ferimentos e faleceu três dias depois.

A defesa sustenta que o acusado agiu em legítima defesa e pede a absolvição pelo assassinato. Em relação à tentativa de homicídio, requer a desclassificação do crime para lesão corporal, afirmando que não houve a intenção de matar.