A 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento, nesta quinta-feira (15/04), às 13h30, o réu José Ailton Correia de Castro Filho, acusado do assassinato de Carlos Augusto Chagas de Oliveira, no dia 27 de novembro de 2002. Pelo crime, o réu responde por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e com recurso que tornou impossível a defesa do ofendido.
Consta nos autos que o crime aconteceu no bairro Serrinha, em Fortaleza, por volta das 20h. Segundo o inquérito policial, o crime foi motivado por conta da venda de um aparelho celular. Carlos Augusto teria comprado o telefone de José Ailton e constatado, em seguida, que estava com defeito. Insatisfeito, pediu a devolução do dinheiro.
No dia do crime, Carlos Augusto estava em casa com outras pessoas, quando o réu apareceu numa bicicleta. Segundo uma das testemunhas, ele chamou José Ailton para conversar dentro de casa. Depois de alguns minutos, foram ouvidos vários disparos. José Ailton saiu correndo da residência e, também, de acordo com o relato de testemunhas, teria dito para a irmã da vítima que, se ela não saísse da sua frente, iria matá-la como fez com o irmão.
O denunciado nega a autoria do homicídio, alegando que na data do crime,encontrava-se preso. Porém, segundo o inquérito policial, o acusado foi preso um dia depois por assalto em Maracanaú. O denunciado já foi julgado também por outro homicídio, no dia 17 de dezembro do ano passado, e condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado.
O juiz José Barreto de Carvalho Filho presidirá o Júri e a defesa será feita pelo defensor público Luis Átila de Holanda Bezerra, enquanto a acusação vai ser patrocinada pelo promotor Alcides Jorge Evangelista Ferreira.