O Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania do Fórum Clóvis Beviláqua realizou, nessa quarta-feira (16/09), mais uma edição da Oficina Pais e Filhos. O encontro tem como objetivo auxiliar as famílias a enfrentarem o rompimento conjugal de forma harmoniosa e equilibrada.
A oficina acontece duas vezes a cada mês, e é destinada a casais que tenham filhos e estejam envolvidos em ações de divórcio, disputas pela guarda dos filhos, agressões, entre outros conflitos familiares. A responsável pelo treinamento das facilitadoras e pela coordenação das oficinas é a psicóloga Gleiciane Vam Dam.
Segundo ela, os grupos são divididos em quatro, sendo dois deles com os adultos, com a observação de que os casais deverão ficar em salas diferentes, um com as crianças entre 6 e 11 anos e um com adolescentes de 12 a 17 anos.
Ariane Queiroz Moura participou do encontro pela primeira vez. “É bastante importante para a pessoa tomar consciência de que o filho não pode ser usado contra o pai. Temos que pensar em primeiro lugar na criança e depois nas diferenças do casal”, afirmou.
O evento contou com a participação do desembargador aposentado Francisco Auricélio Pontes. Ele disse que foi conhecer a oficina porque tem o desejo de atuar como conciliador. ”Eu trabalhei em vara de família durante 18 anos. Na época, as famílias não tinham esse acompanhamento e era muito difícil resolver os processos de divórcio, pois tratamos não só de dinheiro, mas de sentimentos que envolvem adultos e crianças. Agora as famílias têm a possibilidade de serem acompanhadas por psicóloga, que trata do tema de uma maneira excelente”, destacou.
Idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Oficina Pais e Filhos está sendo realizada em vários estados do País. Por meio do projeto, são distribuídas também cartilhas educativas aos pais e filhos adolescentes. Com linguagem simples e didática, o material traz esclarecimentos sobre os aspectos psicológicos, sociais e jurídicos do divórcio.