Juíza recebe denúncia contra acusados da morte de estudante de Direito
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- 24-02-2011
A juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, titular da 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, recebeu, nessa segunda-feira (21/02), denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Rogério Felício de Sousa, Genival David Cavalcante e Ila Maria Paula de Sousa. Eles são acusados da morte do estudante de Direito Carlos Jorge Cavalcanti Maia, em novembro de 2010, no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza.
A magistrada determinou a juntada aos autos das certidões de antecedentes criminais dos réus e a intimação deles para que apresentem defesa formal. Rogério Felício e Genival David estão presos. Ila Maria se encontra foragida, mas tem prisão temporária decretada. Os advogados pediram o relaxamento da prisão, que foi negado.
A denúncia é de que o crime teria sido praticado por Rogério e Genival, a mando de Ila Maria. Segundo as investigações, a vítima trabalhava para um escritório de advocacia, intermediando causas de aposentados e pensionistas junto à Prefeitura de Fortaleza.
Um dos clientes era Ila Maria, que teve severo desentendimento com Carlos Jorge por causa de prestação de contas. Testemunhas disseram que a acusada vinha fazendo ameaças à vítima.
No dia 5 de novembro de 2010, às 8h, Rogério e Genival, usando uma moto preta, pediram para entrar na casa da vítima, fardados com uniforme da extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam). Ao entrar, os comparsas anunciaram o assalto e perguntaram por Carlos Jorge e pelo dinheiro que ele manteria em casa.
Naquele momento, o estudante descansava no quarto, quando foi abordado. Os acusados o forçaram a entregar R$ 10 mil. Em seguida, Genival disparou contra Carlos Jorge, que morreu no local.
Segundo o Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Francisco Marques Lima, o inquérito policial esclarece que não se trata apenas de latrocínio (assalto seguido de morte), mas de crime encomendado pela ré, que pagaria aos executores R$ 6 mil.
Em depoimento, Rogério Felício confessou o crime e disse que a função dele era fazer a abordagem na residência. O assassinato seria cometido por Genival. Ainda segundo Rogério Felício, o crime foi a mando de uma mulher de nome Maria. A Polícia acredita ser Ila Maria Paula de Sousa. Genival nega as acusações.