Caso Hilux: casal espera indenização do Estado
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- 22-02-2011
Polícia 22.02.2011
O casal Denise Campos e Innocenzo Brancati, que estava com os amigos espanhóis Marcelino Ruiz Campelo e Maria del Mar Santiago na caminhonete Hilux metralhada por policiais militares na Avenida Raul Barbosa, em setembro de 2007, afirmou que está se sentindo abandonado pelo Estado.
Os dois disseram que aguardam um posicionamento do Governo sobre as duas ações de indenização que tramitam na Justiça. Denise e Innocenzo pleiteiam R$ 5 milhões por danos morais e materiais. Já para Marcelino Ruiz, que era piloto da aviação civil e ficou paraplégico, o valor da reparação solicitada é de aproximadamente R$ 14 milhões.
A ação desastrosa, no qual o veículo em que a brasileira e os estrangeiros estavam foi confundida com o veículo usado por bandidos, deixou paraplégico o espanhol Marcelino Ruiz. Além disso, o italiano Innocenzo Brancati, foi baleado duas vezes no pé e no braço (fratura exposta), e a mulher dele, Denise Campos, ferida no joelho direito.
A esperança do casal de que os processos que estão em apreciação na 5ª e 6ª varas da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza tramitem mais rápido, veio depois da determinação judicial de que oito PMs sejam levados à júri popular pelo crime.
A decisão foi tomada pelo juiz titular do Segundo Tribunal Popular do Júri, Henrique Jorge Holanda Silveira. Outros dois policiais foram impronunciados, isto é, excluídos do processo por falta de provas. De acordo com o advogado Leandro Vasques, as vítimas têm confiança que o Governador tenha o sentimento que elas devem ser indenizadas. “Foi uma ação traumática e de repercussão diplomática”.
Esperança
“A gente realmente tem muita esperança de uma resposta do Governo em relação ao dano que a gente sofreu”, afirmou a administradora e estudante de fisioterapia Denise Brancati. Denise afirmou que, até hoje, evita passar pela Avenida Raul Barbosa. Além disso, o barulho de sirenes de viaturas a deixam em pânico. Passados três anos e quatro meses da ação, que ficou conhecida como o ´Caso Hilux´, Innocenzo ainda carrega no braço, um dos projéteis que o atingiram. “A indenização não apagará a tragédia, mas poderá minimizar as sequelas e os traumas”, diz o italiano.