PMs acusados de tentativa de homicídio contra turistas europeus serão levados a júri popular
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- 17-02-2011
17.02.11
Oito policiais militares serão levados a júri popular por tentativa de homicídio contra os estrangeiros Marcelino Ruiz Campelo, Maria del Mar Santiago Almudever e Innocenzo Brancati e a brasileira Denise Sales Campos Brancati, que tiveram o carro alvejado durante perseguição policial equivocada, na avenida Raul Barbosa, em setembro de 2007.
A sentença de pronúncia, proferida pelo titular da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, Henrique Jorge Holanda Silveira, foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico de ontem, 4a.feira (16/02). Francisco Emanuel Rodrigues Felipe, Francisco Elnias de Sousa, Luiz Ary da Silva Barbosa Júnior, Francisco Eloy da Silva Neto, Marcelo Lima Alves, Antônio Eduardo Martins Maia, Francisco Edenildo de Lima e Rinaldo Carmo Sousa serão julgados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, por uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, combinado com concurso de pessoas.
Outros dois réus ? os policiais Antônio Liberato Dias Neto e Marcos Antônio da Silva ? foram impronunciados porque, segundo o magistrado, não ficou demonstrado ?nenhum indício de autoria ou participação no fato?.
Os acusados deverão comparecer à 2ª Vara do Júri no próximo dia 23, para tomar ciência da sentença de pronúncia. Após essa data, terão dez dias para recorrer da decisão.
O crime
Segundo a acusação, na noite do dia 26 de setembro de 2007, por volta das 21h:00, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete Hilux, quando foram alvejadas por disparos de viaturas policiais que, naquele momento, faziam cerco no intuito de capturar acusados de roubar um caixa eletrônico do Banco do Brasil.
Sem fazer abordagem, os policiais efetuaram diversos tiros, 22 dos quais atingiram o veículo. Innocenzo Brancati, que dirigia o carro, foi atingido no braço, e Marcelino Ruiz Campelo levou um tiro no ombro esquerdo.
A bala se instalou na coluna deixando-o paraplégico.
De acordo com o Ministério Público, os disparos só cessaram quando a vítima Denise Sales Campos Brancati resolveu sair do veículo como forma de demonstrar que não se tratava dos assaltantes perseguidos.
Fonte: TJ/Ceará