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Julgamento de“Courinha” acontece nesta segunda-feira no Fórum Clóvis Beviláqua

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A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a júri popular, nesta segunda-feira (14/02), às 9 horas, o réu José Enilson Couras, o ?Courinha?, suspeito de ter cometido mais de 100 crimes de pistolagem nos Estados do Ceará e do Piauí.
Ele será julgado pelo assassinato de Manoel Cândido Diniz, crime ocorrido em julho de 1983, no município de Iguatu, a 384 km de Fortaleza.
Por esse mesmo crime, o acusado já foi julgado duas vezes. No primeiro júri, realizado em 21 de junho de 1996, ?Courinha? foi condenado a 17 anos e seis meses de reclusão em regime fechado. O segundo ocorreu no dia 29 de julho de 2004 e o réu foi apenado com 15 anos de prisão.
A defesa apelou da sentença e o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) acatou o pedido, por considerar que os jurados (nos dois júris anteriores) foram contrários às provas dos autos. Por isso, determinou que o réu fosse submetido a novo julgamento.
O processo tramitava na Comarca de Iguatu, mas foi desaforado para Fortaleza pelo fato de o réu ser considerado de alta periculosidade.
O CRIME
Conforme os autos, a vítima foi encontrada morta em um matagal localizado no município de Iguatu. Manoel Cândido apresentava várias perfurações à bala, além de inúmeros golpes de faca espalhados pelo corpo.
Segundo a denúncia do Ministério Público estadual, ?Courinha?, juntamente com José Walter David e Wall Lott Pimentel Lopes, foram os últimos a serem vistos na companhia da vítima, ao saírem de uma churrascaria.
José Walter e Wall Lott, que também eram réus no processo, foram julgados e condenados a 16 anos de prisão. Em depoimento, ?Courinha? negou o crime, afirmando que apenas deu uma carona para a vítima quando deixava a churrascaria.
O réu será julgado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e cometido com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de concurso de pessoas.
O julgamento será presidido pela juíza titular da 5ª Vara do Júri, Valência Aquino. A acusação será patrocinada pelo promotor de Justiça Ricardo Machado, enquanto a defesa ficará a cargo dos advogados André Felipe Cordeiro Braga e Thiago Lucas David de Carvalho.