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1ª audiência com policiais militares acusados de extorsão está marcada para esta quarta-feira

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A 1ª audiência de instrução do processo que investiga suposto caso de extorsão praticado por policiais militares, contra casal de comerciantes, está marcada para esta quarta-feira (09/02), na 6ª Vara Criminal do Fórum Clóvis Beviláqua. O soldado Elano Ribeiro Freitas, o cabo Francisco Marinho da Silva Queiroz e o sargento Francisco Gilberto da Costa foram denunciados por extorsão e formação de quadrilha.
Durante a sessão, que será presidida pelo juiz Eduardo de Castro Neto, são esperados os depoimentos de seis testemunhas de acusação e 13 de defesa, além do interrogatório dos três réus. Caso não seja realizada a oitiva de todas as testemunhas, uma nova data deverá ser marcada.
O CRIME
Segundo denúncia do Ministério Público, a extorsão ocorreu no dia 30 de agosto de 2010, por volta das 10h, quando o soldado Elano Ribeiro Freitas e outros quatro policiais invadiram a casa de W.C.L. e W.M.S.. O grupo afirmou ter mandado de busca e apreensão para cumprir. A denuncia era de que havia no local 10 quilos de entorpecentes e um revólver calibre 38.
Mesmo sem apresentar o mandado, os policiais entraram e revistaram a residência. Sem encontrar a droga, o soldado Elano intimou W.C.L. a acompanhá-lo à delegacia. No entanto, o proprietário da casa foi conduzido à avenida Francisco Sá, onde outro policial se apresentou como delegado e pediu R$ 100 mil. O comerciante disse não ter o dinheiro, mas pediu prazo para vender a moto e pagar aos policiais R$ 15 mil.
Após o acordo, a vítima foi liberada e procurou a delegacia para denunciar o caso. A Divisão de Inteligência Policial (DIP) foi acionada e uma equipe de policiais armou, com o comerciante, o flagrante.
À noite, a vítima recebeu uma ligação do soldado Elano, marcando encontro no estacionamento de uma farmácia. Ao chegar lá, W.C.L. foi abordado pelo sargento Gilberto, que cobrou os R$ 15 mil. O comerciante afirmou que o dinheiro estava sendo levado por outra pessoa.
O sargento foi comunicar o fato ao soldado Elano e ao cabo Marinho, que assistiam à cena sentados em uma parada de ônibus. Naquele momento, os três foram presos em flagrante pelos policiais da DIP, que observavam tudo. Na delegacia, os acusados negaram ter ido à casa do comerciante e praticado a extorsão. Os demais policiais supostamente envolvidos não foram identificados.