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Juíza manda soltar policial civil preso

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29.01.2011 polícia
O policial civil Roberto Becker, inspetor lotado no 2º DP (Aldeota), foi posto em liberdade depois de passar 20 dias preso, acusado de ter feito disparos em via pública e ser detido por policiais militares do Ronda do Quarteirão no mesmo bairro onde está localizada a DP na qual ele trabalha. O pedido de liberdade provisória foi impetrado na Justiça pelos advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo, do Departamento Jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci).
Na última quinta-feira, Roberto Becker foi solto mediante alvará expedido pela juíza substituta da 14ªVara Criminal de Fortaleza, Dilce Feijão. Segundo Leandro Vasques, no começo da semana, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) encaminhou ao 2º DP o resultado do exame residuográfico realizado no policial. A perícia não encontrou a presença de resíduos de chumbo nas mãos do policial, comprovando, então, que ele não fizera disparos de arma de fogo recentemente.
Negou
Em depoimento na delegacia após ser preso por policiais do Ronda, o inspetor negou a acusação de ter feito disparos em via pública. Alegou ainda que, quando foi detido, estava realizando uma diligência na tentativa de localizar um traficante de drogas que atua na área conhecida como Campo do América. O inspetor foi mais além. Prestou um Boletim de Ocorrência (B.O.), onde afirmou ter sido agredido pelos policiais do Ronda. Por conta disso, foi submetido a exame de corpo de delito. Laudo será anexado aos autos.
A versão dos policiais militares é outra. Pois, segundo eles, o inspetor teria reagido á voz de prisão e, por isso, teve que ser dominado á força.
O advogado do Sinpoci, Leandro Vasques, afirma que o benefício da liberdade provisória foi concedido ao inspetor após o Ministério Público ter emitido um parecer favorável. “Não estava presente (nos autos) nenhum requisito necessário à prisão preventiva”, assegurou.