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O ruim pode ficar pior

Ouvir: O ruim pode ficar pior

29.01.2011 política
Antes de mais nada, destaque-se que alguém incumbido de mandato junto ao Tribunal Regional Eleitoral deve exercer tais atribuições com totais liberdade e plenitude previstas na legislação brasileira. Inclusive com a autonomia necessária na hora de tomar decisões – e de preferência afastado de pressões e influências danosas à sua independência e consciência. Contudo, a opinião pública tem o direito de saber, discutir e avaliar procedimentos que por ventura podem transformar ritos jurídicos em atos de impunidade. Dito isso, vamos ao caso concreto. No TRE-CE, está em fase finalíssima de julgamento um processo envolvendo o suplente de deputado federal e presidente do PDT no Ceará, André Figueiredo (foto). Ele, juntamente com o assessor José Virgílio Lima Pires, são acusados do crime eleitoral por compra de votos.
Resumidamente, Virgílio foi flagrado, no quente da disputa para a Câmara dos Deputados, no município de Orós, com documentos que comprovariam a prática ilegal. Pelo que foi apurado, material de construção, gás de cozinha e passagens de ônibus eram distribuídos pela candidatura de Figueiredo entre os eleitores. Isso aconteceu no pleito de 2006, o que já torna o episódio até aqui uma quase piada.