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Expedito promete “choque de gestão”

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9/12/2010
A difícil situação da saúde pública em Aracati só será minimizada se houver um ?choque de gestão? na administração municipal. Segundo O POVO apurou, a conclusão teria saído de conversas realizadas, às pressas, entre o prefeito Expedito Ferreira e seus secretários. Reuniões ocorridas após divulgação do conteúdo da Ação Civil Pública enviada à Justiça pelo
Ministério Público, na semana passada.
Segundo a secretária da Saúde de Aracati, Adélia Araújo, a Prefeitura terá de dimensionar que tipo de saúde pública poderá oferecer à população em 2011. Uma das questões estudadas, de acordo com a gestora, seria a manutenção do hospital Dr. Eduardo Dias como unidade polo para a Secretaria da Saúde do Estado, o que gera muita despesa. ?Dá para manter essa estrutura com os encargos gerados pela alta demanda??, questiona Adélia.
Por ser credenciado como hospital polo da 7ª Regional de Saúde do Ceará, Aracati recebe mensalmente do governo do Ceará o repasse de R$ 120 mil. E tem a obrigação de atender pacientes de Beberibe, Fortim, Itaiçaba e Icapuí.
Para além da questão de ser ou não ser hospital polo, dos R$ 17 milhões orçados pelo município para a área da saúde, dos convênios com o governo federal, o prefeito Expedito Ferreira estaria preocupado em ?reorientar gastos e equilibrar receitas e despesas?.
Segundo O POVO apurou, a ordem para os secretários é fazer uma análise ?econômica criteriosa, identificar gorduras e até remanejar dinheiro para uma área que esteja precisando de socorro. Como a saúde?.
Enquanto o prefeito não dá o ar da graça, Adélia Araújo esquadrinha o que Expedido Ferreira teria traçado, nos último dias, como estratégia para socorrer o setor da saúde pública. ?Ele quer fortalecer a atenção primária, aumentar a captação de recursos junto ao Estado e União para reconstruir e equipar o hospital Eduardo Dias, dar uma atenção melhor à média complexidade e fortalecer a política de recursos humanos com a realização de concurso público que hoje está sub-judice?, enumera. Segundo a secretária, 80% do quadro de pessoal da saúde é terceirizado.