Advogado renuncia e julgamento de acusado de matar esposa é adiado
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- 17-11-2010
O julgamento do réu João Roberto da Silva, previsto para ocorrer na tarde desta quarta-feira (17/11), foi cancelado pela 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. O motivo foi a renúncia do advogado de defesa Mardônio Almeida. Agora, o acusado deve ser notificado e terá um prazo de três dias para constituir um novo defensor.
João Roberto da Silva é acusado de matar a esposa Francisca Nereide Gadelha da Silva, no dia 12 de setembro de 2002, no bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza. Em 1º de agosto de 2003, o réu foi levado a julgamento, quando o Conselho de Sentença acatou tese de homicídio culposo (sem intenção de matar).
O Ministério Público (MP) estadual apelou da decisão, alegando que ocorreu quebra da incomunicabilidade dos jurados. A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará deu provimento ao recurso, determinando novo julgamento.
O novo júri foi marcado para 03 de setembro, mas foi adiado a pedido do Ministério Público. Uma nova sessão devia ocorrer em 1º de outubro, mas, por motivo de saúde, o advogado pediu o adiamento.
O CRIME
O assassinato ocorreu na rua Estrada do Siqueira, por volta das 19 horas. Segundo a denúncia do MP, João Roberto, utilizando um revólver calibre 38, matou a esposa com um tiro no rosto.
Consta nos autos que, no dia do assassinato, ele passou o dia com dois amigos da Polícia Militar. Após beberem em um bar próximo à casa do acusado, um dos policiais pediu para tomar banho na casa de João Roberto, antes de ir trabalhar.
O policial solicitou ao acusado que guardasse sua arma em local seguro. Segundo depoimento do PM, logo em seguida ele escutou barulho de um tiro, que vinha do quarto de João Roberto. Em seu depoimento, o réu afirmou que a arma disparou de forma acidental, atingindo o rosto da esposa.