O coordenador do Memorial do Poder Judiciário do Ceará, desembargador Ademar Mendes Bezerra, apresentou, nesta terça-feira (09/11), o espaço dedicado à preservação da memória da Justiça estadual ao professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa e membro da Academia de Direito Público Europeu, Sérvulo Correia. O desembargador explicou sobre os nomes, fatos, documentos e móveis que fazem parte da história do Judiciário cearense.
O professor conheceu a mobília do Tribunal Pleno utilizada na década de 30, na antiga sede do Palácio da Justiça que funcionava no Centro de Fortaleza. Naquela época, o plenário era composto por sete cadeiras. No Memorial, está exposta, entre outras, a foto da primeira juíza brasileira, Auri Moura Costa, que mais tarde se tornou desembargadora. Por fim, visitou a Galeria Clóvis Beviláqua, espaço dedicado ao acervo do grande jurista cearense.
Para o desembargador Ademar Mendes, o Nordeste brasileiro sempre foi pródigo em civilistas, entre eles, Clóvis Beviláqua. “Ele preparou o anteprojeto do Código Civil Brasileiro, de 1916, em vigor até 2001, quando passou a vigorar o atual Código. No entanto, é praticamente uma repetição do que fora apresentado por Clóvis Beviláqua. Foi uma figura notável. Para o Tribunal de Justiça do Ceará, é uma grande honra ter uma das pessoas mais significativas do Direito Civil brasileiro”, destacou.
A visita foi acompanhada pelo desembargador Clécio Aguiar de Magalhães e pelo vice-presidente da Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil ? seccional do Ceará (OAB/CE), Fábio Zech Sylvestre.