16.10.2010 polícia
Os advogados conheceram as celas, galerias, pátios e a área administrativa da maior penitenciária do Estado
Além do reduzido número de agentes e PMs para garantir a ordem, a unidade tem problemas estruturais
Infiltração nos tetos das celas e galerias, estruturas de segurança improvisadas, ambiente insalubre para o convívio humano, além de carência de agentes prisionais e de policiais militares para garantir a segurança.
Esta foi a realidade que a Comissão de Direito Penitenciário da Ordem dos Advogados do Brasil- Ceará encontrou ao visitar, na manhã de ontem, as dependências da maior unidade carcerária do Estado, o Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), situado no quilômetro 27 da BR-116, em Aquiraz (Região Metropolitana de Fortaleza).
A comissão de Direito Penitenciário da OAB-CE, formada pelo seu presidente, Márcio Albuquerque, pela vice-presidente, Yasmin Ximenes, além de Delano Benevides, Ana Carolina e Leandro Lima Evangelista, percorreu toda a unidade.
Depois de verificar o quadro de total desestrutura da unidade, os advogados prometeram solicitar junto à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) e à Vara das Execuções Criminais (VEC), a imediata desativação do IPPS, já que, segundo a direção, o prédio só estará totalmente evacuado em 2012, após a realização da transferência de todos os detentos. Atualmente, cerca de 900 presos permanecem ali.
“Não há como reformar o IPPS, já que a estrutura está totalmente comprometida e condenada. O que há de se fazer é reforçar a segurança para garantir a ordem até a total interdição”, disse o diretor da unidade, Celso Rebouças.