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Servidor não terá ganho real

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16.10.2010 negócios
Seplag garante que 60% do funcionalismo estadual da ativa pode contar ainda, com aumento de 5%
Pelo que está descrito na proposta orçamentária do governo do Estado para o ano que vem, o servidores públicos ativos, inativos e pensionistas não devem esperar nada mais além do que a correção monetária da ordem de 4,5%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2011, a proposta orçamentária prevê destinar R$ 5,67 bilhões para despesas com pessoal, o equivalente a 33,8% do orçamento.
Segundo o coordenador de Planejamento, Orçamento e Gestão da Seplag, Carlos Eduardo Pires Sobreira, “o orçamento sempre sugere reajustes com base na inflação”. Além disso, ele garante que 60% do funcionalismo estadual da ativa pode contar ainda, com aumento de 5%, a partir de promoções decorrentes de ascensão funcional.
“O que passar daí, virá de decisão da mesa de negociação”formada por gestores do Estado e representantes dos servidores, sinaliza Sobreira; transferindo para os sindicalistas a missão de lutar por melhorias salariais à categoria. Ele ressalta, no entanto, que essa negociação esbarra na capacidade do orçamento mas, sobretudo, na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que não permite que o Estado comprometa mais de 57% da receita corrente líquida (RCL) com despesas de pessoal. Até agosto deste ano, a relação Gastos com Pessoal versus RCL esteve em 50,26% e para 2011, está prevista para 50,18%.
Data base
Presente à entrega da peça orçamentária, o deputado reeleito e atual líder no governo na Assembleia Legislativa, Nelson Martins, confirmou que a data base do funcionalismo estadual será antecipada para janeiro. Com isso, além da correção monetária de julho a dezembro deste ano, os servidores receberão aumento real de 2%. “Esse foi um compromisso assumido pelo governador”, disse Martins.
ANÁLISE
Bolsa no maior nível desde junho de 2008
A Bovespa teve um dia volátil, finalizando o pregão de ontem com um ganho somente modesto. A agenda econômica do dia foi intensa, principalmente nos EUA, onde o titular do banco central reforçou as expectativas por uma nova rodada de estímulos à economia. Mas o que pesou mesmo foi a cautela, já que a semana que vem promete ser intensa.
Entre outros eventos previstos para o período, o Copom, comitê que decide a taxa básica de juros do país, volta a se reunir na semana que vem. A maior parte dos economistas projeta a manutenção em 10,75% ao ano.
Na semana, o índice Ibovespa valorizou 1,44%, o que jogou o nível de preços da Bolsa para seu ponto mais alto desde 2 de junho de 2008. Vale a lembrança de que, poucos dias antes, a Bolsa havia atingido o seu nível histórico: 73.516 pontos. O Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 0,19% no fechamento, aos 71.830 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,40 bilhões, abaixo da média deste mês. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 0,29%.
O dólar comercial foi trocado por R$ 1,666, em alta de 0,18%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,666 e R$ 1,652.
Há um consenso forte entre os analistas do setor financeiro de que o Copom não deve mexer na taxa básica de juros na semana que vem. A Selic deve continuar estável, mas somente até o fim do ano. Entre as notícias mais importantes do dia, o presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), Ben Bernanke, reafirmou a disposição das autoridades econômicas em fornecer mais estímulos à economia, ao ressaltar as taxas ainda altas de desemprego, bem como a inflação baixa.