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Justiça já determinou a interdição do IPPS. Nova unidade está pronta

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24.08.2010 Fortaleza
O Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) está com os dias contados. Em março deste ano, a Justiça determinou a interdição do presídio, fixando o prazo de dois anos para que a unidade seja desativada. O pedido foi feito pelo Ministério Público, que constatou precárias condições de conservação, segurança e higiene no maior presídio de segurança máxima do Ceará.
Mesmo com as condições precárias, o IPPS continuou abrigando presos considerados muito perigosos, entre eles o assaltante e sequestrador Fabiano da Silva Aquino, o Fabinho da Pavuna, um dos detentos que fugiram neste fim de semana. Antes de ir para o IPPS, Pavuna chegou a ficar mais de um ano na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mesmo presídio para onde foi transferido o iraniano Farhad Marvizi, acusado pela Polícia Federal de mandar matar 11 pessoas em Fortaleza.
Pavuna voltou ao Ceará antes da Justiça determinar a interdição do IPPS, quando ficou proibida a entrada de novos detentos no presídio. Por isso, a permanência dele no IPPS não pode ser questionada, segundo o promotor de Justiça Sílvio Lúcio Correia Lima, autor do pedido de interdição do IPPS. Ele lembra que o presídio é o único da Região Metropolitana de Fortaleza considerado de segurança máxima. ?Isso (a fuga) foi um fato isolado?, diz.
Até o fim do prazo para desativação do presídio – março de 2012 -, os detentos que hoje se encontram no IPPS terão que ser transferidos para outras unidades ainda a serem inauguradas. Segundo o coordenador-adjunto da Coordenadoria do Sistema Penitenciário (Cosipe), coronel Taumaturgo Granjeiro, uma delas – a de Pacatuba – já está pronta e deve ser inaugurada em breve. (Tiago Braga)