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2º Tribunal do Júri condena a 9 anos de prisão réu que matou por engano

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O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua condenou, nessa quarta-feira (11/08), o réu Tiago da Silva a nove anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela morte de José Roberto Monteiro. Ele foi julgado pelo crime de homicídio qualificado, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O julgamento, que foi presidido pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira, começou às 13h30 e terminou por volta das 18h30. A defesa do acusado foi feita pelo defensor público Gelson Azevedo Rosa. Já a acusação ficou sob a responsabilidade da promotora Joseana França Pinto.
Segundo os autos, o crime aconteceu no dia 27 de abril de 2007, no bairro Jardim Iracema, em Fortaleza. De acordo com a denúncia do Ministério Público, baseada em inquérito policial, o acusado, juntamente com Francisco Lyndybergue Alves Clarindo (já falecido), assassinaram a vítima por engano.
O próprio acusado afirmou que, dias antes do homicídio, Lyndybergue havia se desentendido com uma pessoa muito parecida com José Roberto. A vítima estava na calçada de sua casa, conversando com amigos, quando os acusados apareceram, sacaram as armas e efetuaram vários disparos, sem que houvesse nenhuma discussão.
Depois do crime, os dois fugiram do local em uma bicicleta. José Roberto ainda foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Em depoimento, Tiago da Silva confessou que participou do homicídio, mas disse que o autor dos disparos que mataram a vítima foi Lyndybergue.