O juiz titular da 2ª Vara do Júri, Henrique Jorge Holanda Silveira, recebeu denúncia do Ministério Público contra Geraldo Magela Gonçalves Filho, acusado de ter matado, por asfixia, Maria Edna do Nascimento Matos, que estava grávida de sete meses. O crime ocorreu no dia 3 de maio deste ano, no quarto de um motel localizado no bairro Parangaba, em Fortaleza.
Até a próxima semana, será expedido ofício para que o réu, que atualmente está preso, seja apresentado à secretaria da Vara para tomar conhecimento do processo. Após a citação, ele terá o prazo de dez dias para responder, por escrito, à acusação. Caso não apresente resposta no prazo ou não constitua defensor, os autos serão encaminhados ao defensor público.
Segundo a denúncia do Ministério Público, baseada em inquérito policial, Geraldo Magela e Maria Edna tinham um relacionamento amoroso e ela aguardava o nascimento de um filho do acusado. No dia do crime, Geraldo Magela teria telefonado para a vítima, propondo um encontro para decidirem sobre a compra do enxoval do bebê.
Por volta das 10 horas, o casal teria entrado no motel e, no dia seguinte, o corpo de Maria Edna foi encontrado pela camareira responsável pela limpeza do quarto. Consta nos autos que a causa da morte foi ?asfixia mecânica?, realizada com as mãos. A acusação, feita pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão, afirma, no processo, que o acusado teria fugido após o crime, escalando o muro do motel e levando consigo todos os objetos da vítima.
No dia 06 de maio, o juiz Henrique Jorge Holanda Silveira decretou a prisão preventiva do acusado, que foi capturado no dia 10 daquele mês. Segundo o magistrado, a denúncia ofertada pelo Ministério Público foi recebida por estarem presentes ?os pressupostos processuais autorizadores para o recebimento, vez que existem provas da materialidade do fato e indícios suficientes de autoria, bem como ausentes as causas de rejeição liminar da denúncia?.