A 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento, nesta terça-feira (01/06), o réu Francisco José Monteiro Cartaxo. Ele é acusado de assassinar, em 05 de agosto de 2001, Renato Rodrigues de Góis e João Edson Alves da Silva.
O acusado será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Consta nos autos que, no dia do crime, por volta das 3 horas da manhã, os corpos das vítimas foram encontrados num terreno baldio localizado na avenida Curió, no bairro Lagoa Redonda.
Pelo depoimento de testemunhas, a polícia chegou ao acusado. Após identificado, o réu foi levado até uma delegacia, onde confessou o crime e teve a prisão preventiva decretada.
Francisco José Monteiro Cartaxo alegou que as vítimas já haviam tentado matá-lo, por isso quis se vingar. Ele assumiu, ainda, perante as autoridades policiais, a prática de outros de outros delitos, inclusive a autoria de outro homicídio.
O réu foi submetido a Júri Popular em 21 de agosto de 2003, sendo condenado a 28 anos de prisão. A defesa do réu, porém, apelou da sentença, alegando que Francisco José Monteiro Cartaxo só confessou o crime porque foi submetido a tortura e que não há testemunhas oculares do crime.
O Tribunal de Justiça do Ceará entendeu que a decisão dos jurados foi contrária à prova dos autos, pois se sustentava exclusivamente na confissão do réu. Por isso, deu provimento ao recurso, anulando a decisão anterior e encaminhando o réu ao novo julgamento, que será presidido pela juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro.