19.05.2010 Fala cidadão
O acesso à Justiça democratizou-se, sem sombra de dúvidas. A comarca de Viçosa do Ceará, embora aparentemente pacata, conta atualmente com um acervo superior a dois mil processos e um juiz apenas para tantas ações, que vão das questões de família à Lei Maria da Penha, estendendo-se para as lides possessórias e os embates com as questões criminais. Nesse diapasão, correr atrás dos direitos e não obtê-los a curto prazo é o mesmo que nadar, nadar, achando que vai chegar à praia, e ver, a cada braçada, que os desenganos vão crescendo a cada esperança naufragada.
Atualmente, por exemplo, os servidores da Justiça alencarina encontram-se em estado de greve. Os processos vão se acumulando, as partes vão perdendo a paciência e a confiança nos seus advogados. Também informatizar a Justiça só não basta. Há alguns aspectos que tornam a Justiça brasileira morosa e podem ser analisados de plano, como a grande demanda processual por conta da democratização do País, uma processualística obsoleta e uma apatia generalizada na estrutura do Poder Judiciário para que as demandas tenham um desfecho final rápido.
VALDEMIR PACHECO