“Cabo Nonato” será levado a júri popular nesta quinta-feira
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- 07-04-2010
Após ter sido adiado por três vezes, a pedido da defesa, o julgamento do policial militar Raimundo Nonato Soares Pereira, o “Cabo Nonato”, será realizado nesta quinta-feira (08/04), às 9h30, no Fórum Clóvis Beviláqua. O réu, acusado de participar do assassinato de Altamir Júnior Rodrigues Alves e de integrar um grupo de extermínio formado por policiais, será julgado pelo 4º Tribunal do Júri.
O crime ocorreu em 22 de novembro de 2006, no bairro Mondubim, na periferia de Fortaleza. ?Cabo Nonato?, acompanhado do ex-soldado da Polícia Militar, Ademir Mendes de Paula, teria executado a vítima dentro de uma academia. De acordo com a investigação policial, o homicídio foi encomendado pelo assaltante Marcos Paulo de Oliveira Soares, na época preso no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS).
Conforme apurado em conversas telefônicas autorizadas pela Justiça, o pai do detento, Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira, teria intermediado a contratação de ?Cabo Nonato? e de Ademir Mendes para a execução da vítima. Manoel Jacinto também é pai de Josevane Pinheiro de Oliveira, policial militar conhecido como “Evandro”, que articulou o pagamento dos assassinos.
A motivação do crime seria o fato de que o pai do detento estaria prestes a ser assassinado pelo ?Cabo Nonato?, a mando da vítima. Josevane Pinheiro de Oliveira, então, teria negociado o valor de R$ 10 mil para que o réu matasse Altamir Júnior Rodrigues Alves, no lugar de seu pai.
A defesa de Raimundo Nonato solicitou a revogação da prisão preventiva do réu em novembro do ano passado, que foi concedida pela Justiça. O réu, no entanto, encontra-se preso por ter sido condenado por outro homicídio.
Neste novo processo, ele responde por homicídio duplamente qualificado, por execução de crime mediante promessa de recompensa e sem dar chance de defesa à vítima, além de concurso de pessoas e formação de quadrilha.
O julgamento de “Cabo Nonato” será presidido pelo juiz José Barreto de Carvalho Filho, titular da 4ª Vara do Júri. A acusação terá à frente o promotor Alcides Jorge Evangelista Ferreira, enquanto a defesa ficará por conta do advogado Paulo César Feitosa Arrais.