Concluídos depoimentos de testemunhas do caso de operação equivocada da polícia
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- 24-11-2009
O juízo da 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua concluiu, na manhã desta terça-feira (24/11), a fase de depoimento de testemunhas do processo que investiga a tentativa de homicídio contra o casal de espanhóis Marcelino Ruiz e Maria del Mar Santiago, o italiano Innocenzo Brancati e a brasileira Denise Sales Campos Brancati, na avenida Raul Barbosa, em setembro de 2007.
Nesta audiência, foram ouvidas 12 testemunhas indicadas pelas defesas dos acusados Edenildo Lima, Rinaldo Carmo e Marcos Antônio da Silva. Apenas quatro testemunhas deixaram de comparecer.
Havia ainda oito indicados para depor, porém, como residem em outras cidades, o juízo determinou envio de cartas precatórias para que sejam ouvidos pela Justiça dos municípios em que se encontram. As testemunhas dos demais sete acusados já haviam sido ouvidas anteriormente.
Deste modo, o juiz titular da 2ª Vara do Júri, Henrique Jorge Holanda Silveira, confirmou para a próxima quinta-feira (26/11) o interrogatório dos dez policiais militares acusados de tentativa de homicídio qualificado por impossibilidade de defesa das vítimas.
Depois de ouvir os acusados, haverá a apresentação das alegações finais e, em seguida, o processo será analisado pelo juiz Henrique Jorge Silveira, que decidirá se pronuncia ou não os acusados a Júri Popular.
Da decisão dele, ainda cabe recurso para as defesas dos réus.
Os policiais fizeram parte de uma operação equivocada em que foi alvejado a bala, por engano, o carro em que as vítimas estavam. A polícia perseguia um grupo de acusados de roubar um caixa eletrônico no bairro Benfica e que estaria em uma caminhoneta de características parecidas com a que as vítimas trafegavam do Aeroporto para a Aldeota.
Na ocasião, o espanhol Marcelino Ruiz Campelo levou um tiro que atingiu a sua coluna e ficou paraplégico. O italiano Innocenzo Brancati, que dirigia o veículo, e os demais passageiros do carro também ficaram feridos.