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Ministro Salomão comenta estudo revelador de disparidades entre as Justiças estaduais

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05.11.2009
O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), participou do XX Congresso Brasileiro de Magistrados, realizado na cidade de São Paulo, proferindo palestra sobre o tema ?Gestão Democrática do Poder Judiciário?. Na oportunidade, o ministro comentou o estudo da professora Maria Tereza Sadek, da Universidade de São Paulo (USP), que revelou disparidades entre as Justiças dos estados brasileiros.
Segundo o ministro, o estudo revela um Judiciário que ainda busca sua própria identidade, já que, ao fazer uma breve leitura de alguns indicadores da pesquisa, ele mostrou-se surpreso com o fato de alguns estados ? como Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal ? terem, em 2008, um número muito elevado de processos. ?Os juízes estão trabalhando mais (mais casos julgados e menos obstrução), com menor número proporcional de magistrados?, concluiu.
Para se ter uma ideia, o Rio Grande do Sul é um dos estados que mais encaminha processos ao STJ. Em 2007, o Tribunal recebeu 88.505 processos do TJRS, ficando na frente de São Paulo, que encaminhou 77.288 processos. Em 2008, o STJ recebeu 56.797 processos do RS, que ficou atrás apenas do TJSP, que encaminhou 63.085 processos.
O ministro Salomão afirmou que para resolver os principais problemas enfrentados pelo Judiciário e magistrados são necessários a valorização dos servidores da justiça e o aprimoramento dos mecanismos de recrutamento e formação dos juízes. ?Como já disse, os juízes bem formados, bem preparados serão excelentes magistrados, prestarão bem a jurisdição?, salientou.
Apesar de apontar algumas soluções para os problemas atuais, o ministro disse que não há propostas simples. Para ele, será o engajamento dos juízes que fará a diferença, cada um fazendo a sua respectiva parte.
O XX Congresso Brasileiro de Magistrados aconteceu na capital paulista, com o objetivo de discutir mecanismos voltados para a eficiência da atividade jurisdicional e a duração razoável do processo.