Nove juízes cearenses participam da etapa final do curso Formação de Formadores da Enfam
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- 06-09-2017
Nove juízes cearenses participam, em Brasília, do terceiro módulo do curso de Formação de Formadores da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), em sua nova formatação. Com carga horária de 16 horas-aula, esta etapa teve início nessa terça-feira (05/09) e será concluída nesta quarta (6). É a última fase do curso, destinada aos participantes que concluíram o primeiro módulo regional (de 24 h/a), realizado em Recife (PE) e São Paulo (SP), e o módulo 2, feito a distância (com 40 h/a).
Os juízes participantes são: Francisco Eduardo Fontenele Batista, Ângelo Bianco Vettorazzi (coordenador-geral da Esmec), José Hercy Ponte de Alencar, Augusto Cézar de Luna Cordeiro, Ricardo Alexandre da Silva Costa (presidente da Associação Cearense de Magistrados), Josué Sousa Lima Júnior, Maria Regina Oliveira Câmara, Larissa Braga Costa de Oliveira e Alisson do Vale Simeão.
O juiz cearense Carlos Henrique Garcia também participa da capacitação, mas como formador. Ele já havia atuado como facilitador na primeira etapa do curso, em Recife (PE), em maio deste ano.
Para a juíza Regina Câmara, o curso representa uma reciclagem com benefícios para todos. “Novos juízes serão formados de modo mais eficaz. E nós, formadores, ampliamos nosso repertório no âmbito pedagógico, com uma visão de planejamento”, explicou a magistrada, que já realizou mais de uma dezena de cursos promovidos pela Enfam. “Quem ensina também aprende”, concluiu.
DESENVOLVIMENTO DOCENTE
Com foco no desenvolvimento docente, o Curso de Formação de Formadores da Enfam, que reúne um total de 102 alunos de todo o País, entre magistrados e servidores de escolas judiciais – busca possibilitar aos participantes uma análise reflexiva da prática docente, considerando o processo de formação e a atividade docente no contexto da magistratura.
Ao abrir o evento, o secretário-geral da Enfam, Carl Olav Smith, ressaltou o caráter sistematizador do módulo final. “O primeiro módulo é de choque, porque desconstruímos alguns conceitos; o segundo é de nivelamento; e neste terceiro sintetizamos tudo o que foi feito antes”, disse.
Para o juiz Márcio Laranjo, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o curso permite que os participantes desenvolvam nova habilidade capaz de gerar reflexos no cotidiano da prática jurídica. “Mergulhar no contexto pedagógico é um desafio diferente e estimulante. Muda o enfoque, porque passamos a retratar o aluno como protagonista”, afirmou o magistrado, que tem 25 anos de carreira.
Além de palestras, o terceiro módulo prevê a formação de grupos de trabalho coordenados por magistrados e pedagogos. As atividades em grupo visam promover a interação e o diálogo entre os formadores, a partir dos temas propostos. Ao todo, quatro grupos foram formados. O curso terminará nesta quarta (06/09), com a realização de uma “Plenária”, que consiste na apresentação de sínteses das discussões travadas e comentários a respeito. Uma última exposição, por fim, abordará o tema “Reflexões sobre o processo de formação de formadores”.