Vivências e técnicas do 2º Juizado Especial de Fortaleza são abordadas em palestra do Nupemec
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- 21-01-2019
Profissionais de mediação e conciliação judicial; estudantes da área; advogados e servidores do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) participaram, na última sexta-feira (18/01), da palestra “Mediação: Técnicas e Vivências”. O evento faz parte do “Projeto Refletindo”, que desenvolve palestras sobre mediação e conciliação, organizado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal.
A palestrante Geanne Catunda, instrutora certificada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), falou de suas vivências no 2º Juizado Especial Cível de Fortaleza. Lá, ela implementou o projeto Mediação Pré-Processual, que consiste em “questões simples que podem ser solucionadas antes das partes ajuizarem processo. Os benefícios são muitos: celeridade, economia processual e o toque humanizador e acolhedor na mediação.”
As sessões de mediação ocorrem às sextas-feiras no Juizado e duram em média uma hora e meia. São aplicadas técnicas inovadoras desenvolvidas pela instrutora e alunos. “A pessoa relata o conflito, nós avaliamos se é necessário fazer mediação e se há vínculo entre as partes. Em caso afirmativo e se elas aceitarem, marcamos a sessão”, explica.
Além das experiências exitosas, Geanne abordou assuntos técnicos como o ciclo do processo de mediação, desde a abertura da sessão até a confecção do termo final, e os procedimentos usados durante a reunião. Conforme ela, as ferramentas devem ser utilizadas para que a sessão seja bem sucedida. Uma das técnicas, que é a escuta ativa, consiste em escutar de forma empática, atenta e verdadeira as partes, aumentando a confiança e o respeito entre os mediados e mediador.
A advogada Vládia Lendengue é voluntária no 2º Juizado Especial, na área de mediação judicial, e enfatizou a importância de eventos sobre o tema. “Tomando como parâmetro que o mediador está sempre em formação, deve estar sempre buscando melhorar suas técnicas. Palestras como essa são essenciais porque passamos a interagir com pessoas que estão fazendo a mediação acontecer no dia a dia, de maneira prática”, afirma.
A diretora do Nupemec, Mariana Mont’Alverne, ressalta a relevância da capacitação como “formação complementar aos que estão se formando na área e reciclagem para aqueles que já atuam. O tema foi muito pedido pelos alunos do curso de mediação de conciliação do Tribunal porque aborda a mediação na prática”.