Varas de Execução Penal realizam confraternização com reeducandos do Programa “Um Novo Tempo”
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- 15-12-2017
As Varas de Execução Penal de Fortaleza (VEP) realizaram, nesta sexta-feira (15/12), confraternização do Programa “Um Novo Tempo”, que contempla os projetos de ressocialização das unidades. O evento, destinado a reeducandos e familiares assistidos pelos projetos das Varas, foi realizado no Fórum Clóvis Beviláqua.
Estiveram presentes juízes titulares das unidades e representantes do Ministério Público do Ceará (MPCE), do Núcleo de Apoio às VEPs e do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), que é parceiro no projeto Reconstruir. Cerca de 150 pessoas participaram. Na ocasião, foram distribuídas cestas básicas para todas as famílias presentes (arrecadadas pelos juízes das Varas) e houve apresentação do grupo Introspectus Cia de Teatro.
“É uma forma simples, mas com muito carinho de demonstramos nosso acolhimento e nossa crença que vocês estão mudando e precisam dessas oportunidades. É também é uma forma de mostrar para a sociedade que isso é possível, que as pessoas, errando, podem pagar pelos erros e tomarem um rumo correto na vida”, disse, aos presentes, a juíza Luciana Teixeira, titular da 2ª VEP.
“Nós estamos reunidos porque, na verdade, somos todos iguais e, juntos, vamos seguir em frente sempre. É isso que todos nós precisamos entender, não só a sociedade, mas vocês também. Às vezes, o preconceito vem de nós mesmo em relação também a nós mesmos”, ressaltou o juiz Cézar Belmino, titular da 3ª VEP.
“Todos tropeçamos, mas nós temos, nas nossas mãos, a liberdade que Deus dá, que se chama livre arbítrio. Nós temos o poder de fazer nossas escolhas. Vocês escolheram fazer o que é correto, a possibilidade de uma vida diferente”, ressaltou a promotora de Justiça Joseana Cavalcante, coordenadora do Programa de Apoio ao Sistema Prisional (Proasp) do MPCE.
Um reeducando que participa do projeto Fábrica Escola elogiou a inciativa. “Sempre nesta data, você fica mais emotivo. Já vale só em você estar aqui, vendo pessoas que lembra que passaram também por experiências como a sua. Fora a boa vontade dos juízes em fazer tudo isso. A confraternização é muito válida.” Já outro reeducando, do projeto “Justiça de Portas Abertas”, considerou que o momento “faz parte de um acompanhamento, um apoio onde se une todo mundo”.