Conteúdo da Notícia

Tribunal de Justiça do Ceará aprova homenagem à Amélia Beviláqua em nomeação de biblioteca do FCB

Ouvir: Tribunal de Justiça do Ceará aprova homenagem à Amélia Beviláqua em nomeação de biblioteca do FCB

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) aprovou, durante sessão realizada nesta quinta-feira (22/08), que a biblioteca a ser inaugurada no Fórum Clóvis Beviláqua (FCB) leve o nome da jurista, escritora e jornalista Amélia Beviláqua. O espaço, que contará com mais de 1.800 exemplares, será aberto ao público, podendo vir a ser utilizado pela população para pesquisas, estudos e leituras variadas.  

Além dos livros, a “Biblioteca Amélia Beviláqua” contará com artigos, periódicos, DVDs e CDs, entre outros materiais, contemplando as áreas de Direito, História, Administração, Educação e Religião. O acervo ainda terá obras clássicas da literatura brasileira e estrangeira, bem como publicações produzidas por servidoras e servidores do Poder Judiciário. 

O espaço ainda não foi oficialmente inaugurado, mas já está funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na sala 1, nível 0 do Setor Verde, próximo ao Espaço da História FCB. Magistradas, magistrados, servidoras, servidores, colaboradoras, colaboradores do TJCE e demais visitantes podem usufruir do ambiente para leituras e estudos. No futuro, também será possível realizar empréstimos.  

AMÉLIA BEVILÁQUA
A advogada Amélia Carolina de Freitas Beviláqua teve a trajetória marcada pela luta pelos direitos das mulheres no Brasil. Nascida na cidade de Jerumenha, no interior do Piauí, desde cedo esteve envolvida com a escrita, tendo publicado trabalhos em jornais e revistas. Foi a grande parceira intelectual do jurista cearense Clóvis Beviláqua, seu marido. 

Autora de obras como Alcyone (1902) e Açucena (1921), integrante da Academia Piauiense de Letras, foi a primeira mulher a se candidatar à Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1930. O pedido foi negado sob o argumento de que somente homens poderiam fazer parte da ABL. Mesmo sem uma cadeira na Academia, as contribuições dadas por ela à literatura nacional jamais foram esquecidas, influenciando escritoras e escritores até os dias atuais.   

CLUBE DE LEITURA
Desde 2021, o TJCE conta com um grupo de leitura que leva o nome da jurista. Os participantes, divididos em turmas básicas e avançadas conduzidas por servidoras, servidores, convidadas e convidados que dominam o assunto discutido, realizam estudos literários sobre obras de diferentes gêneros. Em dezembro do ano passado, o “Clube de Leitura Amélia Beviláqua” lançou o livro “O Sol que Nasce em Mim & outros textos”, que reúne produções de colaboradoras e colaboradores do Judiciário cearense.