Tribunal de Justiça do Ceará abre exposição “Trajetória da Mulher Magistrada”
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- 08-03-2013
O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) abriu, nesta sexta-feira (08/03), a exposição “Trajetória da Mulher Magistrada”, que conta a história de 11 mulheres que deram grande contribuição à Justiça brasileira. Na ocasião, a desembargadora cearense Auri Moura Costa, primeira magistrada brasileira, foi homenageada in memoriam.
O presidente do Tribunal, desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido, ressaltou a importância da desembargadora homenageada para a história do Judiciário. “Ela honrou a toga. Deixou um nome de respeito. Era determinada, firme e corajosa. Rompeu as estruturas arcaicas do preconceito”.
O desembargador afirmou que Auri Moura Costa teve a ousadia de “quebrar a corrupção do sistema penitenciário cearense. Disse ainda que ela só não chegou a ser presidente do TJCE, por causa do preconceito da época. “A nossa mentalidade era muito preconceituosa. Mas ela foi corajosa”.
Fazendo alusão ao Dia Internacional da Mulher, a desembargadora Sérgia Maria Mendonça Miranda, secretária de Assuntos da Mulher Magistrada da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), relembrou participações femininas de destaque na Justiça brasileira.
O presidente da AMB, desembargador Nelson Calandra, reforçou a importância da mulher, que “abriu as portas do Judiciário brasileiro”. A jornalista Adísia Sá, presente na cerimônia, também fez questão de ressaltar a dedicação de Auri Moura Costa ao Judiciário. “Ela era serviçal do Direito, serviçal da Justiça”.
Após as palavras de homenagem, as filhas da desembargadora, Maria Idalina Ismael Moura Costa e Maria Izabel Moura Costa, receberam placa de reconhecimento pelos trabalhos da mãe, concedida pela Secretaria de Assuntos da Mulher Magistrada da AMB. A comenda foi entregue pelos desembargadores Gerardo Brígido, Nelson Calandra e Sérgia Miranda.
A filha, Idalina Moura Costa, em nome da família, disse estar honrada com a homenagem. “Mamãe queria fazer o melhor que ela podia. E fazia”. Afirmou, ainda, que “sempre tinha nos seus julgamentos uma vontade enorme de recuperação do ser humano. Minha mãe cuidava da alma das pessoas”.
A exposição acontece até o dia 13 de março, no primeiro andar do prédio do Tribunal, e faz parte das comemorações ao Dia Internacional da Mulher.
LIVRO
Durante a abertura da exposição, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Amazonas, Graça Figueiredo, autora da obra “Senhoras da Justiça”, fez sessão de autógrafos. O livro foi lançado em agosto do ano passado e relata a trajetória da mulher no Judiciário.
Ainda durante a solenidade, o coral do TJCE fez uma apresentação em homenagem às mulheres, interpretando a música “Uma nova mulher”.