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TRABALHO SUSPENSO – Juiz interdita matadouro de Cedro por falta de higiene

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12.10.2010 regional
Cedro/ Sobral. O juiz de Direito, Ricardo Alexandre da Silva Costa, titular da Vara Única da comarca desta cidade, distante 420km de Fortaleza, localizada na região Centro-Sul, determinou a interdição judicial do matadouro público municipal até que sejam sanadas irregularidades sanitárias. O magistrado julgou procedente o pedido de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual contra o Município de Cedro, em dezembro de 2008.
Os abates no matadouro foram suspensos em dezembro de 2008, por causa de um embargo administrativo realizado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Quase dois anos depois, a questão se arrasta e a população continua consumindo carne de moita. O abate dos animais é feito de forma clandestina nos sítios e em fazendas próximas à cidade.
Caso já foi noticiado
O Diário do Nordeste acompanha o caso e já publicou várias reportagens sobre a precariedade do matadouro local e o consumo de carne de moita por parte da população. Em dezembro de 2008, a Semace constatou, a pedido do Ministério Público e após fiscalização, a falta de condições sanitárias mínimas de funcionamento da unidade. A ação civil pública foi proposta pelo promotor Leydomar Nunes Pereira, há quase dois anos, mas só agora foi julgada.
O magistrado assumiu a comarca em março passado e chegou a visitar o matadouro com técnicos da Prefeitura e da Semace. No mesmo dia, presidiu uma audiência na qual o Município chegou a se comprometer a adotar as soluções necessárias para o fim do embargo administrativo. Na sentença, o juiz Ricardo Costa foi enfático: “A mim, está clara uma má vontade imensa em resolver a questão, pois até o presente momento somente reformas mínimas e paliativas foram realizadas pela Prefeitura, sem a resolução completa do problema”.
Em Massapê, o prédio com característica antiga e estilo de abandono, já denuncia o que se encontrará ao adentrar no Matadouro Público da cidade, uma instalação parcialmente deteriorada. Diariamente, os animais enfileirados chegados em caminhões, que param em frente do prédio, seguem direto para o corredor da morte. Lá dentro pessoas trabalhando sem nenhum equipamento de segurança ou higiene. Sem uniforme, luvas, toucas ou botas.
SILVANIA CLAUDINO – REPÓRTER
Falta inspeção sanitária em carne de 90% do interior (matéria principal)