Servidores e magistrados iniciam aulas sobre Cultura e Direito da França
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- 23-02-2018
Compartilhar parte do conhecimento e da experiência adquiridos com a pós-graduação em Direito Civil na França. Com esse objetivo, a juíza Teresa Germana Lopes de Azevedo elaborou o curso “Noções Básicas de Idioma, Cultura e Direito da França”, em parceria com a Coordenadoria de Educação Corporativa do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). As aulas gratuitas tiveram início nesta sexta-feira (23/02).
A grande procura pelo curso fez com que magistrada abrisse vagas para duas turmas. Participam 70 alunos (magistrados, servidores, policiais e bombeiros militares) lotados no Judiciário cearense. As aulas ocorrem uma vez por semana, na Sala Kátia Guimarães Barbosa, no Térreo do Tribunal, e se enceram no dia 14 de dezembro de 2018.
Segundo a magistrada, a intenção é “proporcionar, de maneira lúdica e leve, a oportunidade de aprender um novo idioma, sempre relacionando os conteúdos à cultura e ao Direito, já que existe uma profunda influência da legislação da França em nosso ordenamento jurídico”. A metodologia conta com material audiovisual, textos e exercícios. “Não queríamos apenas um curso teórico, mas também a possibilidade de trabalhar o lado prático”, afirmou.
No primeiro dia de aula, os estudantes já aprenderam um pouco sobre a Constituição francesa de 1958 e a história do idioma. O francês é uma das dez línguas mais faladas no mundo, com cerca de 136 milhões de francófonos, e mais de 30 países adotam como língua oficial.
“Outro objetivo é promover uma capacitação para que possamos realizar visitas oficiais de juízes franceses ao Tribunal de Justiça, a exemplo do que ocorreu no ano passado, quando recebemos a visita da desembargadora Christine da Luz”, ressaltou a juíza.
Titular do 15° Juizado Especial, o juiz Adriano Aragão decidiu fazer o curso como estímulo inicial para poder se comunicar em francês. “Espero ao final ter conhecimentos que me instiguem a aprofundar o idioma. É ainda uma oportunidade para compreender melhor a cultura. Tanto o Direito Civil brasileiro quanto o Direito Administrativo sofreram forte influência da França”, disse.
Cecília Romero, servidora da Comarca de São Gonçalo do Amarante, também é uma das alunas. “O curso chamou a atenção pelas três abordagens que faz: cultura, língua e direito. Pra mim é tudo novo, e já na primeira aula fiquei muito entusiasmada com a dinâmica e forma de condução da professora”, afirmou.
FORMAÇÃO
Teresa Germana atua como juíza auxiliar do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Fortaleza. É pós-graduada em Direito Civil pela Université Panthéon-Assas Paris II e possui proficiência em Língua Francesa DALF C1 (Diplôme Approfondi de Langue Française Niveau C1, França). Também é formadora pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). Por meio das redes sociais, a juíza organiza um grupo de estudos de francês para magistrados, que conta com participantes de várias partes do País.