Seminário no TJCE discute prejuízos causados pelo prolongamento do acolhimento institucional
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- 21-10-2016
Com o objetivo de debater o tema os “Prejuízos do Acolhimento Institucional Prolongado”, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) realizou, ao longo desta sexta-feira (21/10), o I Seminário da Infância e Juventude. O evento, promovido em parceria com a Rede Adotiva, ocorreu no Palácio da Justiça (bairro Cambeba).
A presidente da Cejai, desembargadora Maria Vilauba Lopes, destacou a importância do seminário. “Nossa finalidade é sensibilizar a sociedade, bem com as instituições em geral, sobre a importância da adoção de crianças e adolescentes pelas famílias, trazendo a reflexão dos prejuízos causados pelo prolongamento do tempo que as crianças e adolescentes ficam em instituições de acolhimento”, afirmou.
Na ocasião, a presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Suzana Sofia Moeller Schettini, falou sobre o “Direito da Infância e Juventude e o Acolhimento Institucional Prolongado”. Segundo a palestrante, as crianças que estão em instituições de acolhimento precisam ter formação adequada para o convício em sociedade. “Se essas crianças não forem inseridas numa família, não tiverem a oportunidade de desenvolver uma base psicológica necessária, elas não estarão prontas para viver em sociedade porque não foram preparadas para isso”, alertou Suzana, que é mestre em Psicologia.
Ela também frisou a relevância da adoção e acrescentou que “assegurar os direitos da criança e do adolescente é responsabilidade de todos nós, por isso é tão importante a adoção”.
Além de duas palestras sobre o tema, também foi formada uma Mesa Redonda com profissionais que atuam na infância e juventude, que discutiram o papel das políticas públicas destinadas ao público infantojuvenil. E ainda teve apresentações dos corais do TJCE e do Instituto de Assistência e Proteção Social (IAPS).
Também compareceram ao evento o coordenador das Varas de Infância e Juventude de Fortaleza, juiz Pedro de Araújo Bezerra; promotor de Justiça Dairton Costa de Oliveira, do Cadastro Nacional de Adoção e Programas de Apadrinhamento em Fortaleza; o presidente da Rede Adotiva, Igor Lima de Azevedo; a coordenadora Marcia Nogueira, da Coordenadoria Integrada da Assistência Social – Setra; o promotor Luciano Tonet, titular da 6ª promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital; a coordenadora de proteção social especial da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Mônica Gondim; além do assessor jurídico da Angaad, Francisco Cláudio Medeiros Júnior.