O réu Rogério de Oliveira Cury (o Rogério “Bocão”) foi condenado a 15 anos de prisão por mandar matar Francisco Ricardo Almeida de Carvalho. O comparsa dele, Thiago Francisco da Silva, que auxiliou na execução do crime, teve a pena fixada em 13 anos de reclusão. Eles deverão cumprir as penas em regime inicialmente fechado.
A decisão, proferida nessa quarta-feira (28/09), é do Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. A sessão foi presidida pelo juiz Fernando Antônio Pacheco Carvalho Filho, em respondência pela 2ª Vara do Júri. A acusação foi feita pela promotora de Justiça Iracema Melo Aragão. Já a defesa ficou a cargo do advogado Fernando José Albuquerque Lima, que alegou negativa de coautoria.
Consta nos autos (nº 0042276-19.2015.8.06.0001) que, em 18 de fevereiro de 2015, por volta de 13h, no cruzamento da rua Professor Carvalho com rua Eduardo Bezerra, dois menores mataram Ricardo Almeida com quatro tiros. O crime teria sido premeditado e mandado por Rogério. Já Thiago teria sido responsável por auxiliar os adolescentes, conduzindo-os até o local do assassinato.
Os menores desceram do veículo conduzido por Thiago e se dirigiram até o carro onde a vítima estava, no cruzamento das referidas ruas, onde efetuaram os disparos. Ricardo Almeida não pôde oferecer qualquer reação.
Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), a vítima foi morta porque Rogério resolveu se vingar de supostas delações feitas à polícia, sendo a última delas para se queixar de paredões de som que ficavam em frente a casa da vítima no período de carnaval.
Os acusados foram julgados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima).