Quadrilha é presa com armas em Orós
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- 09-12-2010
09.12.2010 Fortaleza
Uma quadrilha de assaltantes foi presa ontem em Orós. Segundo a Polícia, o grupo iria assaltar bancos em municípios da região. Entre os presos está Francisco Lopes Justino, já com passagem pela Polícia
Francisco Lopes Justino estava como foragido da Justiça (IGOR DE MELO) Policiais Militares prenderam, ontem de madrugada, em Orós, uma quadrilha que estaria, segundo a Polícia, se preparando para praticar assaltos a bancos em municípios daquela região. Entre os presos está o assaltante Francisco Lopes Justino, já com passagem pela Polícia, e que se encontrava foragido da Justiça. Ele, há mais de um ano, foi preso após praticar um atentado contra a delegada Alexandra Medeiros.
Na madrugada de ontem, Francisco Lopes Justino, que é de Massapê, foi preso numa pousada em Orós na companhia de José Evaldo Melo Mota, de Tauá. No local, os PMs apreenderam uma pistola do acervo da Polícia, além de três celulares. Os acusados não esboçaram reação.
O cabo José Mario Felício disse que, momentos antes da prisão, a guarnição tinha sido mobilizada até uma estrada onde havia uma barricada – pedras e pedaços de paus – na pista. A Polícia, no entanto, não encontrou suspeitos.
De volta a Orós, os PMs abordaram dois homens que estavam em um Fox: Antônio de Assis da Silva, de Quixadá, e Luiz Victor da Silva, de Orós. Eles indicaram a pousada onde os dois outros assaltantes estavam. Os quatro acusados acabaram sendo autuados em flagrante por crimes de formação de quadrilha e porte ilegal de arma.
Atentado
Francisco Lopes Justino havia sido preso no dia 28 de outubro de 2009, no Eusébio, com uma caminhonete roubada. Com ele também foram presos, Gilson Lopes Justino e Otacílio Siqueira, apontado como chefe da quadrilha.
Dois meses antes, Francisco Justino, Gilson e Otacilio tinham praticado um atentado contra a delegada Alexandra Medeiros e seu marido, o inspetor Fernando Cavalcante, que foi baleado.
Otacílio teria dito no Departamento de Inteligencia Policial (DIP) que foi vítima de tortura para confessar o atentado contra a delegada Alexandra Medeiros.
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
O assaltante Francisco Lopes Justino foi preso em Orós sob acusação de tentativa de roubo, juntamente com três comparsas. Ele foi um dos protagonistas de um episódio que marcou a Policia Civil do Ceará: envolveu o delegado Cavalcante em crime de tortura.
SAIBA MAIS
Por conta do depoimento de Otacílio Lopes Justino, de que havia sido torturado para confessar o atentado, o delegado Francisco de Assis Cavalcante foi indiciado em inquérito policial.
O inquérito apurava o envolvimento do delegado Cavalcante no crime de tortura contra os componentes da quadrilha.
Mas o inquérito acabou sendo arquivado por falta de provas.
Landry Pedrosa
landry@opovo.com.br