Casais que têm filhos e estão envolvidos em ações de divórcio, disputas pela guarda, agressões e outros conflitos familiares participaram da primeira edição da Oficina Pais e Filhos promovida pelo Poder Judiciário estadual na Comarca de Itaitinga. A atividade, realizada por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), aconteceu nos últimos dias 2 e 3 de abril.   

Durante os dois dias, estiveram presentes mães e pais que participaram de círculos de diálogos e momentos de reflexão e autoconhecimento. A oficina buscou incentivar uma jornada de amadurecimento, contribuindo para que os participantes se reconheçam como protagonistas de suas vidas e, assim, construam soluções pacíficas para seus desentendimentos.  

Para o juiz Lucas Medeiros de Lima, titular da 2ª Vara da Comarca de Itaitinga, o encontro representou uma iniciativa ainda mais especial por seu caráter democrático. “A Oficina simboliza a humanização da Justiça da família, como uma janela que se abre à escuta, à empatia e ao acolhimento. Finalmente, significou um momento de encontro e aproximação entre pessoas que compartilham de desafios semelhantes, servidores e juiz“, expressou o magistrado.  

EXPANSÃO 

O objetivo do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará é fazer com que mais comarcas do Interior promovam a Oficina, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que já funciona há mais de dez anos junto ao Cejusc de Fortaleza.  

De acordo com a coordenadora do Núcleo, juíza Jovina d’Avila Bordoni, “essa expansão das oficinas de parentalidade para outras comarcas, como em Itaitinga, possibilita um maior suporte às famílias, auxiliando-as na superação dos desafios inerentes à reestruturação familiar. Com essa iniciativa, o Nupemec busca fortalecer o diálogo e promover um convívio mais harmonioso, contribuindo para a pacificação dos conflitos familiares”.   

O juiz Lucas Medeiros ainda destacou o sucesso da ação. “A resposta dos participantes foi animadora e demonstra o quanto essa iniciativa é importante para o engrandecimento da cidadania e de uma sociedade pacífica e protetora das crianças e adolescentes. Isso só foi possível devido ao trabalho preocupado da equipe do Cejusc de Itaitinga, que programou cada detalhe desses encontros”, ressaltou o magistrado.