Pretendentes à adoção visitam abrigo em ação do Judiciário pelo Dia das Crianças
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- 09-10-2019
Por ocasião do Dia das Crianças, que ocorrerá no próximo dia 12, um grupo formado por nove pretendentes à adoção visitaram, nesta quarta-feira (09/10), crianças e adolescentes de 9 e 16 anos, que estão acolhidas na Casa do Menor São Miguel Arcanjo, localizada no bairro Castelão, em Fortaleza. A ação, uma parceria entre o Judiciário estadual e a Defensoria Pública do Ceará, teve como objetivo proporcionar divertimento aos jovens e promover a sensibilização em relação à adoção tardia.
Durante a visita, foram realizadas uma série de atividades. Brincadeiras, roda de conversa, distribuição de lanches e presentes fizeram a festa da garotada que está na unidade aguardando adoção.
A juíza Mabel Viana, coordenadora das Varas da Infância e Juventude de Fortaleza, destacou que o intuito foi proporcionar aos pretendentes habilitados no cadastro de adoção a possibilidade de conhecerem e interagirem com as crianças e adolescentes. A magistrada afirmou que a visitação procurou focar em público infantil que tem mais dificuldade de ser adotado. “Com isso queremos que eles [pretendentes] avaliem o perfil escolhido e possam ampliar essa característica, se desejarem. É uma oportunidade para que repensem suas escolhas”, explicou.
Hiraldo Pereira da Silva, um dos visitantes, classificou a experiência como de “fundamental importância” para a escolha. “Peço a Deus que momentos como esse possam ocorrer mais vezes e que venham a surgir cada vez mais pessoas que queiram abraçar a causa da adoção.”
Ouro pretendente, Marcos Rocha, enfatizou que a interação com a criança é muito importante para o processo de adoção. “Esse momento é mágico porque pode ser decisivo, não só para a gente escolher nosso filho, mas para que a criança nos escolha como pais”. Ele estava acompanhado da esposa, Joice Rocha. Ela destacou que muitos interessados chegam a esse momento ainda com dúvida, “que é sanada quando há essa integração”.
A psicóloga Pavla Martins, que atua no Setor de Cadastro de Adoção do Fórum Clóvis Beviláqua, informou que o encontro foi planejado de forma a não gerar danos às crianças e adolescentes. “Os pretendentes, antes de irem à unidade, são preparados para o contato, que tem o acompanhamento de psicólogos, educadores, assistentes sociais e Defensoria Pública”. Ela esclareceu que a intenção é preservar a criança. “Queremos possibilitar a aproximação, mas sem gerar expectativa, que pode acarretar em um novo abandono. Estamos visando sempre, em primeiro lugar, a integridade e interesse da criança”.