Policial militar será julgado pela 4ª Vara do Júri nesta sexta-feira
- 870 Visualizações
- 26-11-2009
A 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento nesta sexta-feira (27/11) o policial militar Dimas Rocha Lima. Ele é um dos acusados do assassinato do policial militar reformado Francisco Fernando Nogueira da Silva, em outubro de 1999, numa churrascaria do bairro Parquelândia, em Fortaleza.
Além dele, são réus no processo Mardônio Gonçalves Vila Real, que prestava serviços de motorista e guarda-costas da vítima, e o militar reformado da Aeronáutica, Paulo de Tarso Magalhães Guerra, que atualmente é vice-prefeito do município de Caucaia. Estes dois últimos recorreram da sentença de pronúncia e ainda aguardam julgamento dos recursos. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado e, se condenados, poderão pegar de 12 a 30 anos de reclusão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, na noite do dia 23 de outubro de 1999, data do crime, a vítima e o acusado Paulo de Tarso Guerra se encontraram, em uma churrascaria do bairro Parquelândia, supostamente para acertar detalhes de uma parceria comercial com o objetivo de montar uma empresa de segurança privada. Porém, três homens entraram na churrascaria, sentaram em mesas diferentes em pontos estratégicos e, na primeira oportunidade, um deles, ao sair do banheiro, disparou contra a vítima, sendo seguido pelos outros comparsas que se levantaram e, enquanto um dava cobertura, o outro também atirou na vítima. Os três fugiram do local em dois veículos.
Inicialmente, a promotoria imputou pelo crime apenas Mardônio, que levou a vítima até o local do crime, e Paulo de Tarso. Porém, uma das testemunhas afirmou que Dimas Rocha Lima foi um dos que atirou na vítima.
O Ministério Público sustenta que Paulo de Tarso Magalhães Guerra é quem seria o mandante do crime, pois, como ficou comprovado, ele e a vítima tinham outros negócios, inclusive uma dívida de R$ 10 mil do acusado com a vítima.
A defesa de Dimas Rocha, feita pelos advogados Verônica do Amaral e Joaquim Liandro Batista, ainda tentou recorrer da sentença de pronúncia, proferida em 17 de setembro de 2008, porém, teve o recurso negado.
Em plenário, o promotor Alcides Jorge Evangelista fará a acusação, no julgamento presidido pelo juiz titular da 4ª Vara do Júri, José Barreto de Carvalho Filho.